No Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pela primeira vez, foram incluídas perguntas para identificar pessoas que se autodenominam quilombolas. Os dados que foram divulgados nesta quinta-feira (27), mostram que o Brasil possui mais de 1,3 milhão de quilombolas.
Ao todo 1.327.802 pessoas se identificam como quilombolas no Censo de 2022, ou seja, 0,65% da população do país respondeu que são quilombolas ou têm laços históricos e ancestrais de resistência com a comunidade, e com a terra em que vivem.
Ao todo 473.970 mil domicílios possuem ao menos um morador quilombola. A média de moradores nos domicílios onde ao menos uma pessoa é quilombola (3,17), é maior do que a média nacional dos domicílios sem quilombolas (2,79).
Os estados que mais possuem quilombolas são a Bahia com 29,90%, e o Maranhão com 20,26%. Os dois estados juntos contabilizam 50,16%, enquanto o estado de Roraima não contabilizou nenhum quilombola.
De acordo com o IBGE, o Censo também mostrou que os territórios quilombolas oficialmente delimitados abrigam 203.518 pessoas, sendo 167.202 quilombolas, o que corresponde a 12,6% do total de quilombolas do país. Destaca-se, ainda, que apenas 4,3% da população quilombola reside em territórios já titulados no processo de regularização fundiária”.
De 5.568 municípios, o Brasil possui população quilombola em 1.696. Senhor do Bonfim/BA é a cidade com maior quantidade, ao todo 15.999 pessoas, Salvador está em segundo lugar com 15.897, Alcântara no Maranhão tem 15.616 e Januária aparece como a quinta cidade com mais quilombolas com 15.000 pessoas.
O nordeste concentra 70% dos quilombolas do país de acordo com a pesquisa. Só o estado da Bahia possui 1/3 da população quilombola do Brasil.
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