“Foi o maqueiro que me jogou aqui”, diz homem com deficiência deixado em porta de hospital

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Um homem negro com deficiência foi deixado no chão em frente ao Hospital Municipal Pedro II, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (10), por funcionários do hospital em que estava internado. Pedestres que viram a situação acudiram o homem, que até então não foi identificado, e estava de sonda e fraldas.

No vídeo que circula na internet é possível ver o homem com as duas pernas amputadas ainda no chão dizendo que foi deixado na frente do hospital pelos maqueiros. Mauro Sérgio Novaes, que estava no local, foi o autor do vídeo que fez a denúncia. Em entrevista ao RJTV Mauro disse que o homem ficou aproximadamente três horas e meia no chão, de 7h30 até às 11h.

A professora Tatiana Cristina, também em entrevista ao RJTV, revelou que quem acudiu o homem no chão foram os lojistas que trabalham nos arredores do hospital. Segundo a vendedora o homem pediu para sair do hospital “porque o hospital alegou pra ele que não havia mais o que fazer sobre ele dentro do hospital e ele não podia estar ocupando vaga de outro paciente”.

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A situação causou revolta na internet. Um internauta protestou contra a condição no qual o homem com as pernas amputadas foi deixado. “Cidadão do Estado do Rio de Janeiro amputado foi largado por maqueiro na calçada do hospital Pedro Segundo e ficou quatro horas na rua. Essa foto mostra um crime grave contra um homem negro amputado. O secretário de saúde tinha que ser preso e demitido. Covardia é pouco“, escreveu o internauta.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro , divulgou em nota ao Metrópoles, nesta terça-feira (11), que os maqueiros que deixaram o homem no chão foram demitidos. De acordo com o hospital, “este não é o procedimento da unidade” e que os funcionários alegaram que ele teria se recusado a continuar internado e que alguém o buscaria na porta do hospital.

Em resposta ao Notícia Preta, a secretaria deu mais detalhes sobre o caso e sobre o procedimento adotado nesse caso.

A direção do Hospital Municipal Pedro II informa que foram demitidos sete profissionais, incluindo assistentes sociais e administrativos. Há uma sindicância em andamento e, caso sejam identificados outros profissionais envolvidos no ocorrido, estes também serão responsabilizados. O usuário aguarda em uma unidade de baixa complexidade até que haja disponibilidade de vaga em um abrigo social, uma vez que não tem familiares próximos para recebê-lo“, diz a Secretaria Municipal de Saúde do Rio.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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