85% das mulheres negras e sem renda que foram agredidas ainda moram com seus agressores, diz levantamento

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Entre as 66% de mulheres negras que não têm renda suficiente para se manter e que sofreram violência doméstica, 85% convivem com o agressor, enquanto 15% não residem com ele. Os números são da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher Negra, que é feita pelo DataSenado em parceria com a Nexus, referentes ao ano de 2023.

A pesquisa tem a missão de aprofundar a análise do problema social da violência doméstica. Além disso, segundo o relatório, o estudo buscou compreender as desigualdades estruturais, vulnerabilidades diferenciadas e contextos culturais que afetam as experiências das mulheres e diferentes grupos raciais.

Os dados são do DataSenado /Foto: Joédson Alves – Agência Brasil

O relatório da Agência Senado mostra números preocupantes de violência. Entre os dias 21 de agosto a 25 de setembro de 2023, 13.977 brasileiras negras de 16 anos ou mais foram entrevistadas por telefone, em amostra representativa da opinião da população feminina negra brasileira.

Ao todo o Brasil possui mais de 45 milhões de mulheres negras com mais de 16 anos, a maioria delas vive no nordeste e no sudeste, confira a porcentagem distribuída por região: Nordeste: 38%; Sudeste: 36%; Norte: 11%; Centro-Oeste: 9%; Sul: 7%.

Quase metade da população feminina negra estava sem emprego em 2023, cerca de 50% estavam ocupadas enquanto 49% estavam ou desocupadas (21%) ou fora da força de trabalho (28%). Dentre as mulheres que são economicamente ativas, 40% trabalham para uma instituição – seja pública ou privada –; 25% para uma pessoa física; e 34% trabalham por conta própria ou em seu próprio negócio.

Quanto à religiosidade a maioria se declarou católica, 45% das mulheres negras se identificam como católicas, 36% como evangélicas, e 18% pertencem a outras religiões ou se declaram sem religião.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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