Sete em cada dez jovens que integravam o programa Bolsa Família em 2014 já não são mais dependentes do benefício atualmente, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). A análise, que acompanhou a trajetória desses indivíduos, revela que o impacto é mais significativo na faixa etária adolescente.
Entre aqueles que tinham de 11 a 14 anos em 2014, 68,8% deixaram o programa. O percentual sobe para 71,25% entre os que estavam na faixa de 15 a 17 anos naquele mesmo ano. No entanto, a saída apresenta disparidades conforme a região, gênero e localização. As taxas são menores entre mulheres, residentes de zonas rurais e das regiões Norte (55%) e Nordeste (57%), indicando maiores obstáculos para superar a pobreza nessas localidades. No Sul, a taxa de saída chega a 80%.

O estudo atribui parte significativa desse êxito ao cumprimento das condicionalidades, sobretudo as ligadas à educação, que atuam na quebra do ciclo de pobreza. Para jovens que tinham entre 15 e 17 anos em 2014, 52,67% saíram do Cadastro Único e 28,4% estão em empregos formais atualmente.
As condicionalidades exigem vacinação e acompanhamento pré-natal, além de frequência escolar mínima de 75% para jovens de 6 a 18 anos. Mecanismos como a Regra de Proteção, que mantém 50% do benefício por um ano após a família superar a renda mínima, também contribuem para a transição. A perspectiva é que a combinação de educação, formalização no trabalho e políticas de apoio consolide a redução sustentável da pobreza nos próximos anos.
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