Um levantamento realizado pelo Ipsos, empresa multinacional de pesquisa e consultoria de mercado, mostra que o apoio à comunidade LGBTQIAP+ vem crescendo na sociedade, mas ainda esbarra em alguns pontos cruciais para o exercício do direito.
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Segundo o estudo, 77% dos entrevistados acredita que pessoas da comunidade LGBT devem ser protegidas de discriminação e 58% são favoráveis a criação de leis que banem a discriminação contra esse grupo de pessoas no mercado de trabalho. Porém, a mesma pesquisa revela que 61% dos entrevistados são contra as demonstrações de afeto em público, como beijo ou mãos dadas.
Outro dado apresentado na pesquisa é que 51% acreditam que o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser garantido por lei e 68% concordam que casais homoafetivos devem ter os mesmos direitos de adoção de crianças.
A teledramaturgia e a publicidade também foram temas de perguntas dentro do levantamento do Instituto Ipsos. Quando questionados sobre representatividade da comunidade LGBT em filmes, novelas e comerciais, 43% dos entrevistados são favoráveis à inserção e 53% apoiam empresas que promovem a igualdade para integrantes da comunidade.
Controvérsias
Os números absolutos mostram que o apoio à comunidade LGBTQIAP+ tem aumentado no Brasil nos últimos anos, no entanto, algumas métricas ainda são controversas. Apesar de 51% ser favorável ao casamento homoafetivo, apenas 16% já participou de alguma cerimônia do tipo.
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Ainda segundo a pesquisa, o Brasil lidera o ranking mundial de percentual de pessoas que conhecem homossexuais – gays ou lésbicas (68%) – e bissexuais (48%). Mas quando o quesito são as pessoas transsexuais, esse número cai para 18%, e não binários ou com gênero fluido (15%)
Ao todo, a pesquisa escutou 18 mil pessoas em 26 países entre fevereiro e março deste ano. No Brasil foram 1 mil entrevistados.