27 ataques em 3 anos: Brasil registra número alarmante de violência escolar

Um relatório do Dados para um Debate Democrático na Educação (D³e) foi divulgado na última semana sobre os últimos 3 anos no Brasil, números alarmantes indicam uma onda de violência nas escolas entre 2022 e 2025. Os principais números são de março de 2022 a dezembro de 2024, indicando um total de 27 ataques de violência extrema em escolas. De 2001 a 2024, são 42 no total.

O levantamento foi atualizado este ano, e tem apoio da B3 Social e da Fundação José Luiz Setúbal. Foram registradas pelo menos 36 mortes e mais de 100 feridos, destacando que a saúde mental e a segurança estão sendo comprometidas no ambiente escolar.

O estudo levanta a dúvida sobre a real eficácia das medidas de contenção e repressão imediata, se elas conseguem evitar ataques em curto prazo, e se realmente atacam a raiz do problema. Segundo o relatório, ainda é um desafio encontrar soluções duradouras e estruturais para frear o engajamento de jovens com ideologias extremistas e processos de radicalização na internet.

Fernando Frazão/Agência Brasil.

“Vimos muitos episódios que foram desbaratados. A área da segurança ‘aprendeu a lidar com os ataques’ — ou seja, está atuando no sentido de identificar e de agir antes que eles aconteçam”, afirma Telma Vinha, pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados da Unicamp que participou da pesquisa.

O relatório mostra que o caminho para a solução está longe de ser identificado de forma completa, e também quais estratégias eficazes e estruturais que conseguirão prevenir o envolvimento de adolescentes com o extremismo e os processos de radicalização pela internet.

Perfil dos Agressores

A maioria dos agressores é composta por alunos ou ex-alunos das instituições atacadas. Em muitos casos, os jovens apresentam sinais de radicalização online, com envolvimento em comunidades que propagam discursos de ódio e violência. A idade média é de 13 anos, e muitos demonstram histórico de bullying, transtornos mentais ou isolamento social.

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