Após assassinato de Tyre Nichols, polícia extingue unidade envolvida no crime

Três semanas após a morte do jovem negro Tyre Nichols, de 29 anos, espancado por policiais durante uma fiscalização de trânsito em Memphis, houve protesto para que o policiamento nos Estados Unidos seja modificado.

A partir do episódio de Tyre, a polícia local decidiu dissolver a unidade especial envolvida no assassinato. De acordo com comunicado emitido pelo departamento policial, a medida “é do interesse de todos” e os membros da unidade especial concordaram com a decisão.

Os policiais que espancaram Tyre pertenciam a essa unidade especial do departamento policial de Memphis, que foi dissolvida. Eles foram condenados por homicídio em segundo grau, que é considerado um estágio intermediário entre assassinato e homicídio culposo. Além disso, também foram condenados por sequestro, por terem detido ilegalmente um ser humano.

Imagens de vídeo da operação mostram os policiais tentando derrubar Nichols com uso de gás lacrimogêneo e uma arma de choque. A vitima tenta fugir, mas os policiais o alcançam. Em seguida, o jovem é visto gemendo de dor, ao mesmo tempo que os policiais o espancam com socos e chutes repetidamente, mesmo depois de caído no chão.

A ação durou 13 minutos e foram 71 comandos confusos, “impossíveis de serem atendidos”, diz o comunicado da Polícia local. As ordens foram emitidas perto do carro e no local para onde a vitima fugiu e foi espancada, eram muitas vezes simultâneas e contraditórias, como, por exemplo, quando ordenaram que mostrasse as mãos, enquanto seguravam suas mãos ou quando disseram para que ficasse no chão, mas ele já estava no chão.

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Familiares de Nichols aprovaram o desmantelamento da força-tarefa criada em 2021 para combater atividades ilegais em bairros com altas taxas de criminalidade. A morte de Tyre Nichols gerou uma nova onda de indignação e protesto nos Estados Unidos, trazendo reivindicações com relação a cultura policial no país.