Polícia investiga participação de PMs em tortura no supermercado que deixou homem negro em coma

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga sessões de tortura aplicadas, dentro de um supermercado contra dois homens de 32 e 47 anos. O crime ocorrido na cidade de Canoas (RS) deixou um homem negro em coma depois de 45 minutos de agressão. A violência aconteceu em uma unidade do supermercado UniSuper depois que os homens, vítimas das agressões, foram supostamente encontrados com pacotes de picanha escondidos na roupa.

Nesta segunda-feira (05) o 15º Batalhão da PM em Canoas informou que abriu procedimento para identificar se policiais militares tiveram envolvimento no caso. De acordo com o relatado na investigação, os seguranças do supermercado ligaram para alguém ainda não identificado que teria dito que o homem negro teria um registro policial por estupro antes das agressões se intensificarem.

A Polícia Civil de Canoas nega que a vítima, que chegou a ficar em coma, possua qualquer registro criminal e apura se foi um policial militar quem teria passado a informação caluniosa. O caso aconteceu no dia 12 de outubro e só foi encaminhado à polícia civil da cidade depois que o homem foi hospitalizado.

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Imagens das câmeras de segurança / Reprodução Vídeo

Dentre as agressões relatadas, há registros (GATILHO NESTE PARÁGRAFO) de que os homens chegaram a ser  violentados com um pedaço de madeira pelos seguranças da empresa terceirizada.  Eles também foram chutados e receberam muitos socos. As imagens registram os suspeitos das agressões se fotografando ao lado das vítimas.

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O Centro Santo Dias de Direitos Humanos e a Educafro divulgaram que, nesta terça-feira (06), vão formalizar uma ação civil pública e pedir uma indenização no valor de R$ 40 milhões ao supermercado. O processo deseja uma “imposição ao supermercado de obrigações relacionadas a mudanças na vigilância patrimonial”, disse o advogado da Educrafo e doutor em Sociologia Jurídica pela Universidade de Zaragoza, na Espanha, Márlon Reis, em entrevista ao Globo.

O supermercado  divulgou em suas redes uma nota nesta segunda-feira (05) em que diz que os funcionários da loja e da empresa terceirizada responsável pela segurança foram desligados da empresa.

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