Nesta segunda-feira (28) o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, por 6 votos a 4. A decisão segue a primeira votação que começou na última sexta-feira (25), quando a maioria dos ministros já havia votado por manter a prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Os ministros que votaram a favor da prisão, além de Alexandre de Moraes, que é o relator, foi: Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Já os que votaram contra foram: André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques.

O ministro Cristiano Zanin foi o único que não votou pois se declarou impedido, como costuma fazer em processos ligados à Lava Jato.
Collor está preso em Maceió desde a última sexta-feira, mas os advogados do ex-presidente de 75 anos, tentam que ele cumpra a pena em casa, ao apresentarem dois laudos médicos ao Supremo, que indicam que Collor possui graves comorbidades. O pedido ainda será avaliado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fernando Collor, o primeiro presidente eleito por voto direto após o regime militar (1964-1985), foi preso, segundo o STF, por ter recebido aproximadamente R$ 20 milhões em um esquema envolvendo os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos. O ex-presidente foi condenado por corrupção em 2023, e preso agora depois de alguns recursos da defesa.
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