Primeiro terreiro restaurado pelo programa Casa Odara em Salvador (BA) é entregue à comunidade

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O programa Casa Odara, criado para restaurar terreiros de religiões de matriz africana em Salvador, Bahia, fez sua primeira entrega na última quarta-feira (03). A iniciativa revitalizou o terreiro Ilê Axé Omindeuá, situado no bairro de Fazenda Grande IV, o primeiro do programa inédito que está em fase inicial, e que planeja beneficiar aproximadamente 100 terreiros.

Segundo a Secretaria Municipal de Reparação (Semur), os terreiros precisam ter cadastro no sistema da prefeitura para serem beneficiados, mas ainda não foram definidos os locais que receberão o benefício até dezembro. No entanto, a expectativa é que o projeto se expanda e, até 2028, alcance todos os 1.031 terreiros existentes na capital.

A Ialorixá do terreiro, Mãe Ligia Maria, contou que o local não tinha reboco nas paredes. “Eu não tinha nada rebocado, só mesmo levantei o barracão. Eu estou muito feliz. Eles fizeram tudo, rebocaram, fizeram o telhado. Eu não tenho palavras para falar. Tudo que tinha para fazer foi feito”, contou ela, durante a cerimônia de entrega do terreiro.

Programa deseja beneficiar aproximadamente 100 terreiros/ Foto: TValter Pontes/ Secom

As casas religiosas registradas nos sistemas da prefeitura, que é feito de forma voluntária, também dá acesso a benefícios como isenção de taxas municipais, reformas e legitimação fundiária.

Durante a entrega, o prefeito Bruno Reis revelou que o Casa Odara foi inspirado no Morar Melhor e afirmou que a conclusão da reforma em um curto espaço de tempo demonstra a eficiência da gestão. O programa foi lançado em maio. Ele também explicou como os terreiros são escolhidos.

O critério de escolha dos terreiros é feito de acordo com o estado que eles se encontram, com prioridade para aqueles que estão em piores condições de funcionamento. A gente já refez os cadastros e caso surja uma nova casa, ela será incluída no programa”.

Estão previstos investimentos de R$ 30 mil nas restaurações dos imóveis. Os representantes de cada terreiro poderão indicar as intervenções mais urgentes, como reboco, pintura e substituição do telhado, com o projeto sendo acompanhado por engenheiros e assistentes sociais.

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