O Governo Federal concluiu a exoneração de todos os 27 superintendentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta sexta-feira (20). Paulo Nunes Moreno, ex-chefe da corporação no Piauí, foi o último exonerado da tropa. Moreno e os demais agentes foram suspensos após o atentado terrorista de Brasília.
A informação foi confirmada nesta manhã, através do Diário Oficial da União. O chefe da PRF no Piauí já havia solicitado o afastamento da organização após ter sido o único agente mantido pelo Governo. Outros 26 superintendentes da força-tarefa tiveram desligamento decretado na última quinta-feira (19), após investigações referentes aos atos cometidos por vândalos bolsonaristas.
Em carta, o ex-oficial da PRF-Piauí que foi nomeado e atuou durante o governo Bolsonaro, anunciou que se desligaria do Corpo Policial. “Tomo a decisão pessoal de comunicar minha dispensa do cargo de Superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Estado do Piauí”, disse.
LEIA TAMBÉM: Golpista da turma de medicina diz que perdeu parte do dinheiro em ‘aplicações ruins’ e ficou com a outra parte
Moreno foi membro da equipe de transição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e rinha a confiança da atual gestão. Ele bloqueou as fiscalizações rodoviárias no segundo turno das eleições, em 30 de outubro e não permitiu que a PRF do estado do Piauí compactuasse com os atos.
O profissional, no entanto, pediu a exoneração do cargo e não aceitou proposta para assumir a direção administrativa da PRF. Ele atuou na PRF durante oito anos. Deu início à carreira na superintendência regional ainda em 2015, no Maranhão, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Para ocupar o cargo deixado por Moreno, o Governo nomeou o profissional de advocacia Jairo Lima de Oliveira. Até o momento, porém, os demais nomes que deverão incorporar a força policial não foram anunciados.
LEIA MAIS: Com dívida de R$ 43 bilhões, pedido de recuperação judicial da Americanas é aceito pela Justiça
Exoneração na PF
Além da exoneração em massa na PRF, o ato já havia sido realizado sobre as forças da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal. Dois dias após os atos antidemocráticos que causaram a depredação de prédios públicos em Brasília, no dia 10 de janeiro, o então superintendente da PF foi dispensado.
As suspeitas diante da suposta conivência do agentes da corporação com o saqueamento aos Três Poderes determinou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública nomeasse o delegado Cezar Luiz Busto de Souza para ocupar o cargo.