ONU reconhece fome em Gaza e responsabiliza Israel por crise humanitária

ONU reconhece fome em Gaza e responsabiliza Israel por crise humanitária. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

ONU reconhece fome em Gaza e responsabiliza Israel por crise humanitária. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente, na última sexta-feira (22), o estado de fome na Faixa de Gaza. É a primeira vez que essa classificação é feita no Oriente Médio. Segundo o órgão, cerca de 500 mil pessoas estão em risco extremo devido à obstrução sistemática de ajuda humanitária por parte de Israel.

O alerta foi feito pela Classificação Integrada de Segurança Alimentar (IPC), ligada à ONU, após meses de advertências de organizações internacionais sobre o agravamento da situação no território palestino. O relatório aponta que a fome deve piorar até o fim de setembro, podendo atingir 600 mil pessoas nas regiões de Deir al Balah e Khan Yunis.

ONU reconhece fome em Gaza e responsabiliza Israel por crise humanitária. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
ONU reconhece fome em Gaza e responsabiliza Israel por crise humanitária.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Dos 2 milhões de habitantes de Gaza, 1,14 milhão já estão em situação de emergência alimentar e 396 mil vivem em estado de crise. A ONU afirma que o bloqueio à entrada de suprimentos e a restrição ao acesso de ajuda são fatores determinantes para a escalada da fome.

Além disso, segundo o levantamento, Israel delegou a distribuição de mantimentos a uma única organização, cujos locais de entrega têm se tornado alvos de emboscadas, resultando em centenas de mortes e milhares de feridos.

Enquanto isso, o governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, nega a existência da fome generalizada e contesta os números apresentados pela ONU e por outras organizações humanitárias. O reconhecimento oficial reforça a denúncia de que a fome tem sido usada como estratégia de guerra, o que, segundo o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, pode configurar crime de guerra.

Leia também: “Não há fome em Gaza” diz Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

Rafaela Oliveira

Rafaela Oliveira

Rafaela Vitória é graduanda em Jornalismo, nascida no Maranhão, com atuação profissional em mídias sociais e audiovisual, e interesse em narrativas sobre raça e cinema.

Deixe uma resposta

scroll to top