No Rio, Sarau Preto Especial Mulheres faz tributo à Zezé Motta

Zeze-Motta.-Credito-Bendito-Benedito-14-1-1-e1717173700935.jpg

Neste sábado (01) e domingo (02), o Renascença Clube, na zona norte do Rio de Janeiro, será palco de um evento único e inspirador: a segunda edição do Sarau Preto Especial Mulheres. Este ano, o tributo será dedicado à Zezé Motta, uma figura emblemática da teledramaturgia e da música brasileira, que receberá o troféu Sarau Preto.

Acesse nosso Grupo de WhatsApp clicando aqui.

Idealizado pelo cantor e compositor Mombaça, o Sarau Preto Especial Mulheres visa celebrar e homenagear as mulheres pretas, destacando suas contribuições históricas e culturais. O evento será uma experiência envolvente, repleta de música, arte, conversas e oficinas, todas permeadas pela resiliência e pelo legado das mulheres negras.

Zezé Motta /Foto: Bendito Benedito

Zezé Motta, uma das artistas mais importantes do cenário brasileiro, será o foco das homenagens desta edição. Sua vida e obra serão celebradas através de rodas de conversa, contação de histórias e apresentações artísticas, incluindo um emocionante show de “Mombaça & Banda”, com participações especiais e interpretações das músicas que marcaram a carreira da brilhante artista.

A mudança do MAR para o Renascença Clube não é à toa. Considerado uma espécie de quilombo urbano carioca, o Rena, como é carinhosamente chamado, foi fundado, em 1951, por um grupo de negros de classe média, que eram impedidos de ingressar em clubes tradicionalmente frequentados por famílias brancas. A intenção era ter um lugar onde as famílias negras pudessem se reunir e se divertir em harmonia, sem discriminação racial. A homenageada, por exemplo, se apresentou várias vezes na casa. Foi lá, em 1973, que Zezé encenou a peça “Orfeu Negro”, um sucesso na época. 

O Rena é mais do que um espaço, é um símbolo de resistência e celebração da cultura negra no Rio de Janeiro. É o lugar perfeito para honrar a trajetória de Zezé Motta e reunir nossa comunidade em torno da arte e da representatividade“, compartilha Mombaça.

Além das apresentações musicais, o Sarau contará com rodas de samba, jongo e conversas, oficinas de dança, tranças, percussão e uma feira de afroempreendedoras. Destaque também para a participação da CEO do espaço Affro Divas, Marília Gabriela, que coordenará uma roda de conversa sobre estética e beleza, promovendo uma visão inclusiva e tecnológica da beleza negra.

Entre as confirmações de participação, destacam-se Maria Ceiça, que estará presente na roda de conversa liderada e mediada pela atriz e jornalista Lica Oliveira, onde também participará Jurema Werneck abordando o tema ‘Viver é uma arte – Desafios do feminino negro na arte. Como o corpo negro se movimenta no tempo e no espaço?’. Além delas, teremos a presença de Katiuscia Ribeiro, filósofa brasileira especializada em filosofia africana, que trará sua perspectiva sobre os desafios enfrentados pelo feminino negro na indústria artística.

Outro destaque da segunda edição é a homenagem a 20 mulheres.

A programação diversificada do evento reflete o compromisso com a representatividade e a inclusão. “Queremos criar um espaço onde as vozes das mulheres pretas sejam ouvidas e celebradas. Este é um evento feito por mulheres pretas, para mulheres pretas“, finaliza Mombaça.

Leia também: “De Mim Ecoam Vozes”: espetáculo sobre mulheres periféricas realiza apresentações no Grande Rio

Deixe uma resposta

scroll to top