Mudanças no Código Eleitoral podem permitir campanhas eleitorais em igrejas

IMG_7671.webp

Dois artigos colocados no texto para reforma do Código Eleitoral podem causar afrouxamento das regras atuais e dar brecha para campanhas em igrejas. O texto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e foi apresentado pelo relator do PLP 112/2021, o senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Atualmente a lei proíbe que se peça votos em ambientes religiosos e igrejas por serem considerados bens de uso comum. O código continua com essa definição, mas uma parte do texto propõe que as manifestações político-partidárias “não poderão ser objeto de limitações”. Além disso também propõe reduzir punições por “abuso de poder religioso”.

Dois artigos colocados no texto para reforma do Código Eleitoral podem causar afrouxamento das regras atuais e dar brecha para campanhas em igrejas – Foto: Rovena Rosa – Agência Brasil

A reforma do Código Eleitoral traz, entre suas propostas, a unificação de sete normas atualmente separadas — entre elas, o Código de 1965 e a Lei Geral das Eleições — além de ampliar a possibilidade de atuação de lideranças religiosas no processo eleitoral. Uma das mudanças mais significativas é a substituição da obrigatoriedade de 30% de candidaturas femininas por uma reserva mínima de 20% das vagas nos Legislativos para mulheres.

Nesta terça-feira (29) aconteceu a terceira e última audiência pública para debater o projeto. O projeto do Novo Código Eleitoral, da Câmara dos Deputados, chegou ao Senado em 2021.

Versão do Senador

Segundo o relator, a proposta do novo Código Eleitoral busca garantir maior segurança jurídica ao processo, embora ainda enfrente críticas de alguns segmentos do Senado.

O senador Marcelo Castro destacou que as alterações previstas não permitem a realização de campanhas dentro de templos religiosos, e sim asseguram o direito de manifestação por parte de lideranças religiosas. O texto ainda está sujeito a mudanças durante a tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

A votação do parecer na CCJ foi adiada após a solicitação de parlamentares de diferentes legendas, que pediram mais audiências públicas para discutir o tema. Para que as alterações entrem em vigor nas eleições municipais de 2026, o Congresso precisa aprová-las até o dia 3 de outubro deste ano.

Leia mais notícias por aqui: Silvio Almeida é o primeiro convidado do ‘NP Notícias’, novo telejornal ao vivo no canal do YouTube do Notícia Preta

Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

Deixe uma resposta

scroll to top