Governo federal anunciou na última terça-feira (04) a redução de 20% para 15% de alimentos ultraprocessados na merenda escolar
Com o objetivo de oferecer alimentação mais saudável aos estudantes, o governo federal anunciou na última semana a redução de alimentos ultraprocessados na merenda escolar, de 20% para 15%. A determinação vem ao encontro de diversos estudos, como o do Atlas Mundial da Obesidade, que indicam os altos índices de obesidade infantil no país. O anúncio foi feito pelo presidente Lula durante o 6º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), em Brasília.
A projeção, de acordo com o Atlas Mundial da Obesidade de 2024, estima que 50% das crianças com idade de 5 a 11 anos estarão com o Índice de Massa Corporal (IMC) elevado em 2035. Ainda segundo o estudo, o estilo de vida pouco saudável e a exposição prematura a alimentos ultraprocessados elevam esses índices.
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A pesquisa do The Lancet Regional Health – Americas aponta que o excesso de peso e a obesidade aumentaram consideravelmente, com uma taxa de crescimento de 0,9% entre os meninos e 0,8% entre as meninas. Já para a obesidade, houve um aumento de 4% para 4,5% nos meninos e de 3,6% para 3,9% nas meninas, ou seja, um crescimento de 0,5% e 0,3%, respectivamente.
Em entrevista ao portal Fiocruz, a pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e líder da investigação, Carolina Vieira, destaca a necessidade de políticas de prevenção à obesidade infantil:
“Vale destacar que esse impacto será ainda maior na população de crianças mais pobres, onde a prevalência da obesidade vem aumentando mais. As políticas de prevenção devem ser direcionadas de forma mais específica para esse grupo social”, considera.
Ainda de acordo com o governo, a projeção para 2026 é que a distribuição de alimentos processados e ultraprocessados caia para 10%.
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