Um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta que quase 30% da população mundial sofre de insegurança alimentar. O relatório foi liberado nas véspera da reunião, organizada por esta entidade das Nações Unidas (ONU) que acontece nesta segunda-feira (18) e terça-feira (19), em Nova Iorque (EUA).
Mesmo com a queda apontada, os preços dos alimentos continuam elevados, acima dos 21%, segundo os dados de 2021. Entre 2015 e 2019, a média era 15,2%. O relatório da FAO também aponta os locais mais atingidos pela condição. “O leste Asiático e o norte de África são as regiões mais afetadas pelos preços anormalmente elevados”, conforme a informação do Efe José Rosero Moncayo, diretor da divisão de estatísticas da FAO.
O estudo também revela que a fome tenha afetado entre 691 milhões e 783 milhões de pessoas em 2022.
Conforme aponta o relatório, os efeitos da pandemia da Covid-19 são evidentes, assim como o de outras crises, como alteração climáticas e conflitos armados, que impactam os objetivos da Agenda 2030, e gerando contribuição para que “os progressos alcançados nas últimas duas décadas tenham estagnado, e em alguns casos até regredido”.
No Brasil 70 milhões de brasileiros são atingidos pela fome, conforme os dados divulgado em julho, no Relatório Global Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, que mostrou que cerca de 10,1 milhões de pessoas sofrem com a fome, no país. A pesquisa conta com cinco agências especializadas das Nações Unidas (ONU).
Um em cada dez brasileiros já passava por insegurança alimentar severa entre 2020 e 2022, aponta o estudo. Quase um terço, 32,8% da população do país, se enquadra na situação de insegurança alimentar severa ou moderada, o que equivale a 70,3 milhões de brasileiros.
A pesquisa classifica insegurança alimentar severa como gravidade em que, em algum período do ano, as pessoas ficam sem comida passando fome.
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