Aproximadamente um milhão de hectares no Pantanal foram destruídos de janeiro até novembro deste ano nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, segundo informação do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais, da UFRJ.
Na última quinta-feira (16), o Painel do Fogo do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) registrou 71 eventos de fogo no Pantanal norte.
De acordo com o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, há mais de 300 servidores trabalhando no combate aos incêndios no Pantanal, com o apoio de quatro aeronaves e veículos especiais de combate a incêndios. O contingente foi reforçado recentemente pelo Ibama e ICMBio.
“Nossa expectativa é que com incremento dos brigadistas, do reforço de aeronaves e dos equipamentos a gente consiga debelar o mais rápido possível esses focos”, afirma Pires.
Isso não quer dizer que terá sido encerrada a temporada de incêndios, mas nós temos a expectativa de que, debelando esses principais focos, a gente consiga manter uma situação bem mais controlada do que se verificou nesses últimos dias”, diz.
Na quarta-feira (15), o fogo atingiu a rodovia Transpantaneira, porém foi possível apagar as chamas e evitar o avanço nas casas da região. “Dividimos as equipes e conseguimos segurar o fogo que pulou a Transpantaneira e proteger as residências”, explicou Mauro.
O governo de Mato Grosso decretou situação de emergência durante 60 dias por causa das altas temperaturas. O diretor da ONG SOS Pantanal, Gustavo Figuerôa falou da situação dos focos.
Tem vários focos ativos [de incêndio] no Parque Estadual Encontro das Águas. Mas esse fogo já pulou para Mato Grosso do Sul e já lambeu uma boa parte do Pantanal do Paiaguás. Outro foco que preocupa é o que vem do Parque Nacional e já chegou à Transpantaneira. O negócio tá feio”, disse ele para UOL.
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