Nessa semana, usuários do Google Agenda observaram que múltiplas datas foram removidas da plataforma. Após questionamentos, a porta-voz do Google, Madison Cushman, afirmou para o site The Verge que a remoção das datas vem ocorrendo desde 2024, acrescentando que a ação não era “escalável ou sustentável”. Posteriormente, o Notícia Preta entrou em contato com a empresa, e em resposta, o Google Brasil afirmou que agora os usuários devem adicionar manualmente as datas ou outros momentos importantes.
“Manter centenas de momentos de forma manual e consistente em nível global não era escalável nem sustentável. Por isso, em meados de 2024, voltamos a exibir apenas feriados públicos e datas comemorativas nacionais do timeanddate.com globalmente, enquanto permitimos que os usuários adicionem manualmente outros momentos importantes“, disse o Google.

De acordo com a nota da empresa, os feriados públicos e datas comemorativas nacionais passaram a ser adicionados manualmente no Google Agenda, e que depois começaram a receber feedbacks de que alguns eventos de países estavam faltando.
Entretanto, observando atualmente o Google Agenda, algumas datas que não são feriados nacionais continuam no sistema da plataforma, como o “Cinco de Mayo” e o “Flag Day”, ambos sendo datas simbólicas nos Estados Unidos.
Golfo do México e Denali
Além da remoção das datas de diversidade, o Google também decidiu modificar os nomes do Golfo do México e do Monte Denali no Google Maps, seguindo ordens do presidente, Donald Trump. O presidente exigiu que o corpo d’água, que faz fronteira com os EUA, México e Cuba, fosse renomeado para Golfo da América e que o pico mais alto da América fosse alterado de volta para Monte McKinley.
“Temos uma prática de longa data de aplicar mudanças de nome quando elas são atualizadas em fontes oficiais do governo”, disse o Google em uma publicação no X. A empresa ainda afirmou que só fará as atualizações quando o governo alterar suas listagens oficiais, acrescentando que os usuários do aplicativo nos EUA vão ver apenas o nome atualizado, enquanto nos outros países serão exibidas as duas versões.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, enviou uma carta ao CEO do Google, Sundar Pichai, solicitando que não altere o nome do Golfo do México, explicando que a mudança de nome é inapropriada além das fronteiras marítimas sob controle dos Estados Unidos.
Leia também: Google Agenda remove Mês da História Negra e do Orgulho LGBTQIA+ do aplicativo, aponta site