Festival Papagaio Cultural recebe 60 atrações em BH

Nos dias 22 e 23 de abril será realizado o Festival Papagaio Cultural, no Morro do Papagaio, região Centro-Sul de Belo Horizonte (MG). Ao todo, serão mais de 60 atrações que contemplam expressões artísticas, entre música, dança, artes visuais, literatura e teatro, produzidas por artistas da comunidade.

O principal objetivo do evento, que é encabeçado por jovens moradores do Aglomerado Santa Lúcia, é difundir e fomentar a pluralidade artística da comunidade. As atrações, que são para a família toda, serão divididas em quatro palcos e diversos espaços culturais dentro do aglomerado.

O público geral poderá conhecer a vocação artística do Aglomerado Santa Lúcia, popularmente conhecido como Morro do Papagaio, através de exposições, artes visuais, teatro, dança e música, entre outras expressões. Encabeçado por um grupo de nove artistas de diferentes áreas, a primeira edição do Festival Papagaio Cultural tem como premissa a valorização da diversidade cultural das favelas de Belo Horizonte.

Por meio de uma curadoria, o evento reforça a identidade criativa dos moradores do Morro do Papagaio com mais de 24 horas de festa. A programação, com mais 60 atrações de artistas locais, acontece de 10h às 22h, no sábado, e de 9h às 21h, no domingo. A programação é gratuita, sem necessidade de retirada de ingressos. Para mais informações, acesse o perfil do Instagram do Papagaio Cultural.

A cineasta Gabriela Matos, que no festival assina a coordenação geral e produção executiva, conta que o evento surge como caminho para preencher uma lacuna percebida pelo grupo. “sentimos a falta de eventos de entretenimento de grande porte dentro da comunidade e que envolvam coletivos culturais e artistas locais. A gente também deseja que a programação conecte a comunidade com a cidade mostrando a potência artística do morro”.

Para o coletivo de artistas, é importante também que o festival promova um retorno formativo para os artistas, lazer e democratização dos espaços para os moradores da Comunidade e região. Carol Oliveira, dançarina e , no evento, produtora, conta que a ideia é trazer esse reforço da identidade. “Como uma forma da gente se ver, de poder curtir e festejar nossa potência criativa dentro da comunidade”.

Gabriela ressalta ainda que o morro é um celeiro criativo, que vai muito além do que as pessoas que estão de fora imaginam. “Muito se fala da violência, presente nas manchetes dos jornais, mas o Morro é mais que isso! Se a gente não fomenta a cultura, não fomenta o lazer, a gente não traz outras perspectivas para as pessoas”, destaca.

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Como destaque na grade de atrações, a programação traz nomes como do DJ Tj do MDP, que acumula mais de meio milhão de ouvintes nas plataformas digitais; do coletivo “O Teatro Entre Elas”, formado por senhoras do Morro que contam sua própria história; e a exposição do artista visual Pelé Valentino, conhecido pelas suas belíssimas pinturas e pelo seu projeto “Favela Bela”.

O artista visual ainda fará uma intervenção de pintura em tempo real durante as atividades do Festival. Além disso, é destaque também a Rua do Livro, organizada pelo projeto Eu Amo Minha Quebrada.