Exposições online contam histórias de luta LGBTQIAP+ desde o Brasil Colônia até os dias atuais 

WhatsApp-Image-2022-12-23-at-17.54.40.jpeg

O que vem à tona quando a perspectiva LGBTQIAP+ é adotada para se contar a história dos séculos iniciais da colonização? Com essa indagação, a doutora em teoria e crítica literária pela Unicamp e militante dos direitos de prostitutas e pessoas LGBTQIAP+.

Amara Moira, sintetiza o que será abordado na exposição “Dando Pinta no Brasil Colônia”, uma das várias mostras virtuais lançadas em dezembro pelo Museu da Diversidade Sexual (MDS), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. 

Parada do Orgulho LGBT em São Paulo – Foto: Divulgação/Joca Duarte

Segundo Moira, ao se pensar em história do Brasil, raramente se aborda a questão das dissidências sexuais e de gênero, ficando a impressão de que isso seria um fenômeno recente. Nada mais equivocado, de acordo com ela.

“Figuras que não cabiam nos padrões hegemônicos de gênero e sexualidade, antepassades da atual população LGBTQIA+, sempre existiram nesse território e uma prova cabal disso são as inúmeras leis que vigoraram por aqui querendo eliminar qualquer vestígio dessas existências”, diz Amara.

Ela ressalta ainda que um dos propósitos da apresentação é jogar luzes sobre essas leis e mostrar o quanto foi central para o projeto colonizador a repressão LGBTfóbica. “Daí a importância dessa exposição: permitir que a história do país seja contada por uma outra perspectiva, a LGBTQIA+”.

Também está à disposição do público, em formato online, o projeto documental Palomas, que conta a história de mulheres transexuais que vivem na cidade de São Paulo em busca de autonomia.

Segundo a fotógrafa documentarista Dan Agostini, idealizadora da iniciativa, o intuito é tornar pública a história dessas mulheres que contaram suas trajetórias de luta, dor, preconceito, sonhos e coragem, a fim de conscientizar sobre a realidade social que vive parte da população LGBTQIAP+.

Leia também: Nova bandeira LGBTQIAP+ inclui símbolos antirracistas

“Compreendo a importância de exposições em torno da temática citada, assim como a existência do Museu da Diversidade Sexual, devido a urgência e necessidade de elevar as vozes de pessoas LGBTQIA+, pois há 13 anos o Brasil é o país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo. Acredito na força e potência da arte enquanto ferramenta política de conscientização e sensibilização para assuntos que precisam ser debatidos”, explica Agostini.

Mais detalhes das exposições mencionadas acima e de outras em cartaz (online) no Museu da Diversidade Sexual, podem ser conferidos no site.

Deixe uma resposta

scroll to top