Estudantes de medicina de SP cantam hino que faz referência ao estupro, em evento esportivo

Estudantes de medicina da Faculdade Santa Marcelina, da zona leste de São Paulo, foram fotografados segurando uma bandeira com os dizeres: “entra [censurado], escorre [censurado]” que remete ao crime de estupro, durante um jogo universitário. O caso aconteceu no último sábado (15) e contava com ao menos 24 estudantes segurando a bandeira, com a frase que faz parte de um “hino” da atlética.

O “hino” da atlética de medicina foi banido em 2017, por conta das frases de cunho sexual, machista e homofóbico. O episódio provocou indignação por parte do Coletivo Francisca, que enviou uma denúncia formal para a direção do curso de Medicina e realizaram um protesto, segundo informações do G1.

24 estudantes, incluindo uma mulher, seguram bandeira que faz apologia ao estupro. Foto: Reprodução/G1

No documento enviado o coletivo cobra posicionamento da faculdade e aponta que o ato pode ser considerado como apologia ao estupro. 

Um caso parecido aconteceu no final de 2024, numa universidade do Rio de Janeiro em que estudantes de medicina proferiram as seguinte frase: “Federal, fala baixinho, quem tem 10 mil não envelhece no cursinho!” e também ‘Cotista, pobre’; ‘Sou playboy, seu pai é motoboy’. Além de ofensas racistas disfarçadas de “brincadeira”.

A universidade Santa Marcelina respondeu a manifestação do Coletivo Francisca com uma nota no Instagram informando que as devidas providências já estão sendo feitas e um processo de sindicância interna já foi iniciado. “Entre as punições, estão advertências verbais e escritas, suspensão e até expulsão da faculdade”, diz a nota publicada nas redes da universidade. 

Leia também: Estudantes de medicina estão banidos dos jogos e faculdade será multada por gritos classista

Maria Eugênia Melo

Maria Eugênia Melo

Nortista, de Palmas capital do Tocantins. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins.

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