Com mais de 537 mil imóveis sem luz, um drone usado pela Secretaria da Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo flagrou ao menos 30 veículos parados em dois pátios da Enel no domingo (13). As imagens foram capturadas no pátio situado no bairro Socorro, na Zona Sul, e na base operacional localizada na Luz, no Centro.
Desde o começo do anúncio, na noite da última sexta-feira (11), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) atribuiu à companhia a responsabilidade pelo corte de energia. Após a tempestade que atingiu a Grande São Paulo, mais de 2,1 milhões de residências permaneceram sem luz.
A Enel ainda não informou um prazo para a completa normalização da situação. Durante uma coletiva, o presidente da empresa em São Paulo, Guilherme Lencastre, disse que não gostaria de “criar uma expectativa que possa ser frustrada”.
Foto: Reprodução/Redes Sociais.
537 mil imóveis sem luz
A Enel comunicou que, até as 05h40 desta segunda-feira (14), 537 mil residências nas cidades da Grande São Paulo ainda permaneciam sem energia elétrica, no terceiro dia do apagão.
Segundo a Defesa Civil estadual, a cidade de São Paulo registrou ventos de 107,6 km/h, conforme medição realizada na estação meteorológica de Interlagos, na zona sul. De acordo com o órgão, essa foi a ventania mais intensa na capital desde o início da profundidade, em 1995.
Com R$ 320 milhões em multas aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde 2018, quando assumiu a concessão em São Paulo, a concessionária Enel Distribuição SP ainda não pagou pela infração ocorrida no apagão de novembro de 2023.
Na decisão de março de 2024, o juiz federal Mateus Benato Pontalti, da 13ª Vara Federal do Distrito Federal, atendeu a um pedido de antecipação de tutela feito pela Enel, suspendendo o processo da multa imposta pela agência federal devido ao mega apagão do ano passado.
Além da multa de novembro de 2023, a Enel ainda não efetuou o pagamento de outra deliberação no valor de R$ 95,8 milhões, imposta pela Aneel por mais qualidade no Fornecido de energia em São Paulo. Nesse caso, a empresa também foi favorecida.
Desde 2018, a Enel recebeu um total de sete multas e uma advertência da Aneel. Destas, cinco multas já foram quitadas, somando mais de R$ 59,1 milhões em infrações pagas à agência federal.
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