O doutorando de filosofia Álvaro Hauschild, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que enviou mensagens racistas ofendendo o namorado de uma estudante, em Porto Alegre, também é investigado por mensagens antissemitas, ou seja, de ódio contra judeus.
Em depoimento à Polícia Civil, Àlvaro Hauschild negou racismo, apesar de confirmar a autoria das mensagens investigadas pelo inquérito.
Sobre o caso de antissemitismo, o suspeito escreveu nas redes sociais que admira a tradição judaica, mas questiona se há provas do Holocausto, o extermínio de 6 milhões de judeus na Alemanha nazista.
Segundo a delegada Andréa Mattos, responsável pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), os relatos de antissemitismo foram encaminhados à investigação. As mensagens seriam dirigidas a outras pessoas e também em uma página mantida pelo estudante.
Detalhes dessas mensagens são foram divulgados pela polícia, a fim de não atrapalhar as investigações. Hauschild já responde a um processo disciplinar no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFRGS, por publicações e mensagens racistas em um blog de sua autoria.