Você conhece a vida e obra de Edison Carneiro? Neste sábado, 31 de agosto, as Nações Unidas (ONU) celebram o Dia Internacional de Pessoas Afrodescendentes, e nesta data, o Notícia Preta fala sobre a vida e obra de um dos mais importantes intelectuais brasileiros. Edison dedicou a vida a pesquisar e estudar temas afrodiaspóricos, falando sobre religião, o samba, a capoeira e diversas formas de cultura popular.
O objetivo do dia é homenagear a herança partilhada, a cultura diversificada e a influência dos africanos e da diáspora africana global. Sendo diáspora, a dispersão de um povo em consequência de preconceito ou perseguição política, religiosa ou étnica.
Edison nasceu em uma família negra em Salvador no dia 12 de agosto de 1912, e morreu em 1972. Seu pai era engenheiro civil e o irmão mais velho, advogado. Desde cedo se interessou por pesquisa e cultura popular, e nos anos 1920 publicou poemas em jornais locais. Fez parte da Academia dos Rebeldes, sendo colega de Jorge Amado, que mais tarde fora militante do mesmo partido que Edison.
Na década de 1930 ingressou na faculdade de Direito e se aproximou de Carlos Marighella, realizando a primeira reunião da célula comunista da faculdade. O advogado, escritor, pesquisador, etnólogo e historiador se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) durante esta década.
Em 1937 fundou a federação das casas de candomblé baianas, a União das Seitas Afro-Brasileiras da Bahia, entre seus trabalhos mais importantes estão os livros: Religiões Negras, de 1936, O Quilombo dos Palmares, em 1947, Candomblés da Bahia em 1948, Antologia do Negro Brasileiro em 1950. A “carta do samba”, foi um documento escrito por Edison Carneiro em 1962 e ganhou uma cerimônia de 50 anos em 2012.
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