No mês de maio, numa operação policial no Complexo do Salgueiro (RJ) que culminou na morte do adolescente João Pedro, um dos seus amigos disse em depoimento ao Ministério Púlico (MP) que um agente disparou três tiros de fuzil contra ele.
Por Victória Henrique
No dia 18 de maio, João Pedro, de 14 anos, foi assassinado no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, durante uma operação policial que contou com a participação das polícias Federal e Civil. Um amigo de João Pedro que estava no dia em que o adolescente foi morto disse, em depoimento ao Ministério Público, que também foi alvo de tiros vindos da polícia.
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O garoto contou que, após ter ajudado os agentes a levar João Pedro, ferido, até o helicóptero da Polícia Civil, ele foi surpreendido com tiros quando abria o portão de casa, no momento em que retornava ao local do crime. Ainda de acordo com a declaração do menino, o policial teria disparado contra ele com um fuzil por achar que “poderia ser um bandido”.
O laudo da perícia no local encontrou evidências que confirmam a versão dada pelo amigo de João Pedro. As marcas dos três disparos citados por ele foram encontradas no muro da casa. O caso, que segue em investigação, agora, conta com essa versão – que difere integralmente das alegações dos três agentes que estão sendo acusados pelo assassinato.