A Justiça de São Paulo condenou o motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, o Paulo Galo, a três anos de prisão em regime aberto, mas a punição foi substituída por prestação de serviços comunitários. Ele é Acusado de incendiar a estátua do bandeirante e escravocrata Borba Gato, em 2021.
O juiz Eduardo Pereira Santos Júnior, da 5ª Vara Criminal Central de SP, o motoboy foi condenado por usar pneus e galões de gasolina para incendiar a estátua e, no incidente, ninguém ficou ferido. Galo assumiu que incendiou a estátua em forma de protesto.
Naquele ano, o ato de Paulo Galo gerou uma onda de debates sobre homenagens a bandeirantes que foram ligados à caça e escravização de negros e indígenas no período das explorações no interior do Brasil.
Projetos de lei foram propostos para que essas homenagens sejam substituídas por pessoas negras que lutaram contra a escravização e desumanização de pessoas negras no país. Um desses projetos proíbe a “utilização de expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal relacionado à escravidão em bens públicos, como rodovias, monumentos ou prédios”.
Em outros locais, a discussão também ganha corpo. Em em Bristol, na Inglaterra, a estátua do traficante de escravizados, Edward Colston, foi derrubada após manifestações antirracistas. Essas manifestações ocorreram, principalmente, após o assassinato do norte-americano George Floyd, em maio de 2020, potencializando o movimento Black Lives Matter.