O Ministério Público de São Paulo (MPSP) acompanha, desde outubro, a possível vinda do cantor Kanye West ao Brasil. No mês passado, o órgão abriu um inquérito civil público por causa do histórico de falas nazistas e discriminatórias do artista, que tem um show marcado em São Paulo para o dia 29 de novembro.
Por conta desse histórico, o MPSP recomendou que Kanye West e os produtores do evento sejam presos se houver qualquer discurso nazista durante a apresentação. O objetivo do inquérito é impedir que o cantor, que também usa o nome artístico “YE”, promova, cante ou divulgue músicas que façam referência ao nazismo, como a faixa “Heil Hitler”. A recomendação também proíbe o uso de camisetas ou símbolos nazistas, como a suástica, tanto no palco quanto em redes sociais ou outros espaços públicos.
O documento ainda pede que o Comandante do Comando de Policiamento de Choque, Coronel-PM Racorti, mantenha uma equipe de policiais de prontidão durante o show. Caso Kanye West faça qualquer apologia ao nazismo, ele e seus produtores deverão ser presos em flagrante e levados para a delegacia.

Inicialmente, o show seria realizado no Autódromo de Interlagos, mas foi cancelado e segue sem novo local confirmado. Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que não permitirá eventos com conotação racista ou de apologia ao nazismo em espaços municipais. A administração também afirmou que, quando a produtora pediu autorização para usar o espaço, não informou qual artista se apresentaria.
Mesmo com o cancelamento em Interlagos, os organizadores do evento, representados pela empresa Holding Entretenimento & Networking, disseram que a data de 29 de novembro continua mantida, mas ainda não divulgaram onde o show acontecerá.
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