Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na tarde desta segunda-feira (04), por descumprimento de medidas medidas cautelares impostas a ele, por ter veiculado conteúdo nas redes sociais dos filhos.

Na decisão, o ministro defende que Bolsonaro usou as redes sociais dos seus filhos para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ele argumenta ainda que “Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, escreveu Moraes.

Com isso, Moraes determinou que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar em seu endereço residencial. A decisão inclui uso de tornozeleira eletrônica; proibição de visitas, salvo por familiares próximos e advogados; e recolhimento de todos os celulares disponíveis no local.

Ainda de acordo com Moraes, as medidas cautelares em vigor foram desrespeitadas “mesmo com a imposição anterior de restrições menos severas”, como a proibição de uso das redes sociais e de contato com outros investigados.

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No último domingo (03), Bolsonaro participou de forma virtual de uma manifestação, através de ligação com seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ). Em seguida, por volta das 14h, o senador postou um vídeo no qual mostra o outro lado desta ligação: o pai, em casa, mandando uma mensagem para seus apoiadores.

Popularidade em queda

Seis em cada dez eleitores garantem que não votariam em um candidato que prometesse livrar Jair Bolsonaro, seus aliados acusados de tramar um golpe contra a democracia, ou os condenados pelos ataques de 8 de janeiro. É o que revela a pesquisa realizada pelo instituto Datafolha entre os dias 29 e 30 de julho e divulgada pelo site do jornal “Folha de S.Paulo” neste domingo (3).

Outros 19% disseram que votariam com certeza em quem fizesse tal promessa, enquanto 14% responderam que talvez votassem nesse tipo de candidatura. Seis por cento dos entrevistados não souberam responder.

O levantamento reforça o envolvimento da pauta judicial e institucional nas intenções de voto às vésperas do início oficial da campanha presidencial de 2026. A rejeição à anistia ou perdão a pessoas acusadas de insurreição ou tentativa de golpe evidencia cautela do eleitorado diante de discursos que busquem eliminar ou ignorar punições.

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