Mais de 300 integrantes do MST ocupam área federal na Bahia para pautar reforma agrária

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Cerca de 340 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a Estação de Zootecnia do Extremo Sul da Bahia na terça-feira (22), o local é da união e fica localizado às margens da BR-101, no município de Itabela. A ocupação, classificada como pacífica pelo movimento, tem como objetivo pressionar pela retomada de um acordo firmado anteriormente com órgãos federais.

A área pertence à Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e é administrada pelo governo federal. O local já foi alvo de ocupações anteriores, registradas em 2022 e também em 2024.

De acordo com o MST, o acordo suspenso previa a destinação de imóveis da União considerados improdutivos para fins de reforma agrária. A proposta envolvia a própria Ceplac, além do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

De acordo com o MST, o acordo suspenso previa a destinação de imóveis da União considerados improdutivos para fins de reforma agrária – Foto: reprodução redes sociais.

Funcionários da Ceplac relataram ao G1 que, durante a ocupação, foram registradas ligações elétricas irregulares, o que provocou curtos-circuitos e danos a equipamentos. Também informaram que há bloqueios de acesso às instalações, o que pode comprometer pesquisas em andamento.

A Estação de Zootecnia desenvolve estudos em parceria com instituições brasileiras, norte-americanas e canadenses. As pesquisas envolvem temas como mitigação de gases do efeito estufa, sequestro de carbono no solo e manejo de pastagens.

Com os servidores impedidos de acessar as estruturas, há risco de interrupção definitiva de projetos científicos e perda de dados importantes. Ainda segundo o MST, não há uma previsão definida para o fim da ocupação.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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