A atriz Quitéria Chagas está de volta ao cargo de Rainha de Bateria do Império Serrano para o Carnaval carioca de 2025. Ela retorna passarela do samba após sua última atuação em 2020. Sua volta é marcada por uma série de aspectos positivos, mas também desafios a serem enfrentados, especialmente em um cenário que exige representatividade, respeito e luta por igualdade.
Como uma mulher negra que está à frente de uma das mais tradicionais baterias do Carnaval carioca, ela desempenha um papel crucial na promoção da diversidade e na desconstrução de estereótipos prejudiciais. Sua trajetória é marcada por uma série de conquistas e desafios que refletem tanto os avanços quanto as barreiras enfrentadas por mulheres negras no mundo do samba e do entretenimento.
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Entre os pontos positivos de sua volta ao cargo de Rainha de Bateria, se destaca o seu engajamento contínuo na luta pela valorização das mulheres no samba. Quitéria é uma figura central nessa batalha, tendo sido fundamental na aprovação da lei que institui o Dia Nacional da Mulher Sambista, um marco importante na correção de injustiças históricas e no reconhecimento da contribuição das mulheres para o Carnaval. “Os desafios que enfrentamos como mulheres negras no samba são reais e persistentes. Precisamos estar constantemente vigilantes contra a objetificação do nosso corpo e a falta de reconhecimento das nossas raízes culturais afro-brasileiras. É uma luta diária, mas estou determinada a seguir em frente e fazer a diferença, não apenas para mim, mas para todas as que vieram antes de mim e para aquelas que virão depois”, declara.
Sua atuação vai além do brilho e da festividade do Carnaval, englobando questões profundas de representatividade, dignidade e respeito. Sobre isso, a atriz diz: “Meu compromisso é continuar lutando por nossos direitos, pela valorização de nossa cultura e pelo respeito que merecemos em todos os espaços. Juntas, podemos fazer do Carnaval um símbolo de inclusão e orgulho para todos”.
Mesmo diante desses desafios, Quitéria Chagas se mantém firme em sua missão de transformar o Carnaval em um espaço de empoderamento, inclusão e celebração da diversidade. Sua dedicação em preservar a história e a cultura das mulheres no samba inspira não apenas as gerações atuais, mas também as futuras, garantindo que o maior espetáculo da Terra seja um verdadeiro reflexo da riqueza e da pluralidade da sociedade brasileira.