O exército de Israel bombardeou uma escola da Organização das Nações Unidas em um campo de refugiados de Nuseirat, região central da Faixa de Gaza. O ataque ocorreu nesta quinta-feira (06). A autoridade local palestina diz que houve 40 mortes. O exército israelense diz que houve entre 20 e 30 mortos.
Já Philippe Lazzarini, Comissário Geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), afirma que pelo menos 35 pessoas morreram. O exército soltou um comunicado dizendo que foi um ataque preciso em um núcleo do Hamas, que estavam usando a escola administrada pela UNRWA, como escudo.
Israel reconheceu o ataque por meio das Forças Armadas, que alegaram ter atacado porque terroristas do Hamas estavam no interior da escola. Mas a UNRWA afirmou que a escola era apenas abrigo de palestinos que fugiram por conta da guerra, e que abrigava 6.000 pessoas deslocadas quando foi atingida.
De acordo com o relato da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), o hospital em questão já acolheu aproximadamente 70 vítimas fatais e 300 feridos desde a última terça-feira (04). A organização ressaltou que a maioria dos pacientes são mulheres e crianças que foram alvo de bombardeios.
“Atacar, atacar ou utilizar edifícios da ONU para fins militares é um flagrante desrespeito ao direito humanitário internacional. O pessoal, as instalações e as operações da ONU devem ser protegidos em todos os momentos“, disse o comissário da UNRWA em seu perfil no X (antigo Twitter).
As tensões entre Israel e Palestina já existem desde 1948, ano de fundação do Estado Israelense, com vários confrontos e guerras desde então. Segundo apuração da Al jazeera, desde 7 de outubro do ano passado, quanto o conflito se iniciou até 4 de junho deste ano, já tem 1.139 israelenses mortos, 8.730 feridos e pelo lado da Palestina são 36.550 mortos, 82.959 feridos e mais de 10 mil desaparecidos.
Entre os mortos na palestina mais de 15 mil são crianças. De acordo com a Al Jazeera, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elabora uma proposta de cessar fogo.
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