Segundo os números do governo, mulheres e negros são maioria
O número de jovens com idades entre 14 e 24 anos, que não estão empregados, nem matriculados em estudos, e não estão buscando trabalho, cresceu. Nos primeiros três meses do ano passado, o grupo de jovens “nem-nem” totalizava 4 milhões de indivíduos, enquanto no mesmo período deste ano, esse número aumentou para 5,4 milhões. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.
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No grupo dos jovens “nem-nem”, 68% são negros e 60% são mulheres, a maioria delas com filhos pequenos. Os dados são da Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego. O ministério divulgou o número durante o evento Empregabilidade Jovem, promovido pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em São Paulo.
Considerando também os desocupados, que totalizam 3,2 milhões, ou seja, aqueles que não estudam nem trabalham, mas estão procurando emprego, o Brasil atualmente tem um total de 8,6 milhões de pessoas no grupo denominado “nem-nem”.
Aproximadamente 17% da população do Brasil é composta por jovens com idades entre 14 e 24 anos, totalizando 34 milhões de pessoas. Deste número, 14 milhões de jovens estavam ocupados no primeiro trimestre deste ano.
Para a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, “Há muita dificuldade de as mulheres entrarem no mercado de trabalho, em especial, mulheres jovens. Por outro lado, há esse apelo para que as jovens busquem alguma outra forma de ajudar a sociedade, que é ter filhos mais jovens, além de um certo conservadorismo entre os jovens que acham que só o marido trabalhando seria suficiente”, disse ela em entrevista à Agência Brasil.
O estudo mostrou um aumento recente no número de aprendizes e estagiários no país. Entre os aprendizes, houve um acréscimo significativo de 100 mil jovens entre os anos de 2022 e 2024, totalizando 602 mil em abril deste ano, o dobro do registrado em 2011.
Quanto aos estágios, houve um crescimento de 37% entre 2023 e 2024, com o número de adolescentes e jovens nessa condição aumentando de 642 mil para 877 mil neste ano.
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