Nesta quarta-feira (15), o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as atividades da Braskem em Maceió, senador Rogério Carvalho (PT/SE), pediu o indiciamento da mineradora e de mais oito pessoas ligadas à empresa.
Acesse nosso Grupo de WhatsApp clicando aqui.
O relatório final, que será votado na comissão na próxima terça-feira (21), concluiu que a mineradora cometeu, ao menos, seis crimes. Dentre eles a omissão em não tomar as medidas de prevenção necessárias para evitar que as minas cedessem, e o de lavra ambiciosa, por extrair mais sal-gema do que a segurança das minas permitiriam.
“É importante observar que o crime ambiental de Maceió não começou com um tremor de terra no dia 3 de março de 2018. Trata-se de um crime permanente, cuja consumação perdurou por décadas”, disse o relator.
Dentre os nomes citados pelo relator, estão diretores, gerentes, engenheiros e técnicos responsáveis da companhia, e o atual vice-presidente executivo da mineradora, Marcelo de Oliveira Cerqueira.
Por conta das atividades da empresa na capital alagoana, cerca de 15 mil famílias foram deslocadas de forma forçada.
“Maceió é hoje vítima do maior crime ambiental em área urbana do mundo: o afundamento do solo em uma região de 3,6 km² já atingiu diretamente 60 mil pessoas, obrigadas a deixar as suas casas”, disse o senador.
Leia também: Justiça ordena Braskem a indenizar 3 mil famílias afetadas, e moradores dizem que valor é um “murro na cara”