“Promover iniciativas sociais no Brasil, é promover a igualdade, combater a violência, dar acessibilidade a uma população que é marginalizada, salvando e transformando vidas”. É assim que o William Reis define a sua nova missão profissional.
Após atuar por 14 anos na Organização Não Governamental (ONG) AfroReggae, o empreendedor social e palestrante criado no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, segue novos rumos profissionais, mas sempre com a mesma motivação: transformar realidades.
Em entrevista exclusiva ao Notícia Preta, o ativista revelou com o que pretende trabalhar neste momento, com empreendimentos ainda voltados para a questão social, e com o mesmo propósito de transformar realidades.
“Quero continuar empreendendo no social, dando palestras, e consultoria de DEI, que é diversidade, equidade e inclusão”, conta o empreendedor sobre seus planos para o futuro.
Também atuando como consultor de empresas na área de ESG – é uma sigla em inglês que significa sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa -, fala da importância de trabalhar nessa área nas empresas.
“As empresas devem entender que isso é investimento, e que no futuro, até 2030, elas vão estar melhor posicionadas no mercado, suas ações vão valer mais, as pessoas que consomem seus produtos vão valorizar mais empresas que tenham essa iniciativa”, explica William que afirma que é uma área de crescimento, e completa contando como pretende trabalhar isso nos lugares que atuar.
“É uma sigla que veio pra ficar, e as empresas vão precisar ter isso no seu dia a dia. E eu, atuando nessa área, sempre vou puxar mais para a questão racial, e para as pessoas da favela. Eu espero que essas experiências que eu tive na área social, me ajudem a criar novos projetos, novas estratégias para essa sigla”, conta.
Empenhado em atuar em prol das pessoas negras e de favelas, como empreendedor social, foi um dos responsáveis por criar, por exemplo, o primeiro centro de E-Sports em favelas no Brasil. Além disso, a história do ativista é contada no livro “Pretagonismos”, do escritor e dramaturgo Rodrigo França, que reúne histórias de personalidades pretas que narram suas trajetórias.
Formado em educação física, William foi coordenador executivo do AfroReggae, fundada com o objetivo de promover justiça social através da cultura afro-brasileira e educação. Segundo o empreendedor social, ele entrou para o projeto ao terminar um estágio em sua área de estudo, e lá, conta que aprendeu a ter consciência social e racial.
“Eu decidi seguir na área pois o AfroReggae me trouxe esse senso de ser negro no Brasil, e como ser negro .E aí eu pensei que isso era pra mim, que era o início de uma história de trabalho”, explicou.
Em seu tempo na ONG, William uma das coisas que aprendeu: “A internet é uma bolha, e nem sempre as necessidades da favela estão na pauta do dia a dia na internet”.
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