Zona portuária do Rio ganha novos murais grafitados; samba e luta antirracista estão entre temas retratados

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Galeria a céu aberto: obra retrata líderes do movimento negro. Foto: Acervo Distrito de Arte do Porto/Divulgação

A Zona portuária do Rio de Janeiro está se transformando na maior galeria de arte urbana a céu aberto da América Latina. Além do grande Mural das Etnias, o maior grafite do mundo, do artista Eduardo Kobra – inaugurado em 2016, a região ganhou mais de 11.000 metros quadrados grafitados. O Distrito de Arte do Porto conta, inicialmente, com 18 novos murais ao longo do Passeio Ernesto Nazareth, entre a Rua Professor Pereira Reis com a Avenida Cidade de Lima.

Além da beleza das imagens e do visual colorido que dá ao lugar, os murais também expressam engajamento com pautas importantes para a população negra como a valorização do samba, a questão da desigualdade social e a luta antirracista pelos movimentos negros. A obra produzida pelo artista Nadi, intitulada “O Último Dueto”, por exemplo, faz uma homenagem aos sambistas Beth Carvalho e Arlindo Cruz.

Outro painel que chama a atenção apresenta líderes do movimento negro como Martin Luther King e Rosa Parks em suas diversas frentes na luta antirracista. Já a obra “Leite Derramado”, de Airá OCrespo, levanta o debate em torno da desigualdade social.

“Queremos promover a economia local, enriquecer culturalmente a comunidade que vive no entorno e transformá-lo num atrativo ponto turístico na cidade”, disse à Veja Rio, Hiroshi Shibuya, CEO do Núcleo de Ativação Urbana, instituição à frente da ideia.

A inauguração será celebrada pelo Museu de Arte do Rio, que vai receber nos dias 8 e 9 de outubro a primeira edição do Fórum de Arte Urbana do Rio de Janeiro. Serão cerca de 50 convidados, entre eles os artistas do Distrito de Arte do Porto, que vão debater pautas importantes deste universo. O evento será transmitido ao vivo pelo canal de YouTube do Distrito de Arte do Porto.

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