Zezé Motta sobre racismo: “Caíram as máscaras” 

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A atriz e cantora Zezé Motta lança livro Foto: Daniel Delmiro AgNews

A atriz e cantora Zezé Motta é uma referência quando o assunto é combate ao racismo no Brasil. A artista destaca o retrocesso no país em relação a questão racial. Segundo ela, o tema ganhou amplitude pelas redes sociais.

A atriz e cantora Zezé Motta lança livro Foto: Daniel Delmiro AgNews

“Nós ficamos muito tempo enfrentando o racismo velado no Brasil. Com as redes sociais, as pessoas escancaram e mesmo por trás da máquina estão mostrando a cara do Brasil. Caíram as máscaras.” enfatizou a artista.

A declaração foi dada durante o lançamento da biografia “Zezé Motta – Um canto de luta e resistência”, publicado neste mês na Livraria da Travessa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Através de histórias diversas, algumas engraçadas e outras trágicas, o leitor vai conhecer detalhes inusitados da carreira da artista.

“É um livro sério, mas muito divertido porque revela um lado mais íntimo meu no sentido de como eu sou distraída, canceriana e vivo no mundo da lua. As pessoas me chamam de diva e o livro vai desmistificar um pouco isso.” revela Zezé.

Zezé Motta, de 74 anos, é natural de Campos dos Goytacazes, interior do Rio. A estreia como atriz aconteceu na peça Roda Vida, de Chico Buarque no ano de 1969. Já em 1976, a artista ganha visibilidade nacional e internacional ao protagonizar o filme Xica da Silva, que contou a história da escrava que virou rainha no Brasil do século XVI.

Esses e outros momentos da carreira de Zezé fazem parte do livro assinado pelo ator e escritor Cacau Hygino. Na publicação, são apresentados momentos pouco conhecidos do grande público da carreira da artista.

“Eu fiz uma biografia que fala das curiosidades da vida dela que as pessoas não sabem, como por exemplo, quando ela fez o filme Xica da Silva. No longa, tem uma cena onde há uma tempestade e o barco afunda com a Zezé, que quase morreu afogada, mas foi salva por uma pessoa da equipe técnica.”, contou Cacau.

A obra também celebra os 50 anos de carreira da artista, reconhecida no cenário artístico nacional como uma das atrizes mais talentosas e carismáticas do país. O livro aborda ainda a fase da vida em que a estrela chegou a negar a própria cor para logo após lutar contra o racismo e todas as formas de opressão na sociedade.

Diversas personalidades marcaram presença no evento de autógrafos do livro, como jornalistas e as atrizes as atrizes Ana Lucia Torre, Silvia Pfeifer, Cristina Pereira, Silvia Massari e os atores Luciano Quirino e Jayme Periard.

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