“Volta para sua jaula, gorila.”, dizia bilhete de ataque racista em condomínio de BH

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A Polícia Civil de Minas Gerais investiga as investigações para descobrir a autoria de ataques racistas e homofóbicos em folhas de caderno que foram afixadas em um condomínio residencial localizado na Rua Francisco Augusto Rocha, no Bairro Planalto, Região Norte de Belo Horizonte. De acordo com a PM, várias ofensas foram feitas como as seguintes: “Seu lugar é no tronco, macaco, estúpido, lugar seu é com sua gente, na cezala (sic)”. “Volta para sua jaula, gorila. Volta pro licho de anafabetos (sic) que você veio. Preto sujo”, dizia outro. “Lugar de preto não é na limpeza, é na sesala (sic)”, afirmava outro.

Foto: Reprodução Redes Sociais

A denúncia foi registrada pela síndica do residencial. Os ataques teriam começado na última quarta-feira (20/4), quando um dos funcionários visualizou um cartaz com as ofensas. Naquele dia, uma ocorrência teria sido registrada por um trabalhador do local, que se sentiu ofendido.

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Ainda conforme a PM, no último sábado (23) o trabalhador retornou ao condomínio para buscar seus pertences, ocasião em que conversou com alguns funcionários e se dirigiu até o bloco 4 para se despedir de uma moradora. Foi então que ele encontrou um novo cartaz afixado. “Sofra as consequências, viado, preto. Ou você sai daqui, o resto toma banho de cloro, africano. Bons tempos eram quando pessoas como você sabiam do seu lugar, que é no tronco, macaco, estúpido. Lugar seu é com sua gente, na cezala (sic). Seus amigos são sujos como você, lixo”, dizia o bilhete.
Vale lembrar que a Lei 7.716 prevê que o crime de racismo é inafiançável e imprescritível, ou seja, não prescreve e pode ser julgado independentemente do tempo transcorrido. As penas variam de um a cinco anos de prisão, podendo ou não ser acompanhado de multa. Já a injúria racial é um crime onde cabe o pagamento de fiança e prescreve em oito anos. Prevista no artigo 140, parágrafo 3, informa que a pena pode variar de um a três anos de prisão e multa.

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