“Vi uma macaca se coçando”: Criança vestida de princesa é vítima de racismo em Criciúma 

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A Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami) vai investigar o caso de uma criança vestida de princesa que foi vítima de racismo nas redes sociais em Criciúma (SC). O caso ganhou repercussão depois que a mãe, Thaise Damiani, expôs na internet um comentário que recebeu após publicar um vídeo da filha, de 7 anos. Ela estava vestida com uma fantasia de princesa do filme “A Bela e a Fera”, que seria usada em uma festa da escola. A mulher, que é parente de Thaise, enviou o seguinte comentário sobre a publicação: “Desculpa aí, mas vi uma macaca se coçando”. Quando a mãe questionou o comentário, a autora apagou a mensagem. 

Criança vestida de princesa foi alvo de racismo nas redes sociais. Foto: Reprodução NSC TV

A família contou, em entrevista à TV Globo, que a mulher pediu desculpas quando percebeu que o ato poderia ser investigado. Ainda de acordo com os pais da criança, a mulher tentou justificar a ação, dizendo que o comentário seria para um outro vídeo que estaria na rede social. Apesar do grau de parentesco, a família afirmou que não existe uma relação de proximidade com a mulher e que ela não conhece a criança. 

Leia também: “Essa abordagem aconteceu porque eram crianças pretas e pobres”, afirma responsável sobre racismo em shopping de SP 

O pai da menina, Fabrício Silvério Lucas, contou na reportagem que a família espera encontrar solução para o caso. “A situação está desagradável, principalmente para o psicológico e o emocional. Eu, como pai, não tenho palavras para explicar o que estou sentindo. Só quero justiça pelo que ela fez com minha filha” , desabafou.

Assim como esse, outros casos de racismo envolvendo crianças têm ganhado repercussão nas redes sociais. Recentemente, sete crianças de 12 a 13 anos foram vítimas de racismo ao serem impedidas de acessar um dos brinquedos do Playcenter Family, parque de diversões do Shopping Aricanduva, localizado na zona leste de São Paulo, no dia 27 de fevereiro. De acordo com Gabriel Henrique Rodrigues da Silva, que faz parte de uma associação da Igreja Metodista da região que trabalha com crianças carentes, os jovens foram levados ao local para comemorar o aniversário de um deles quando foram abordadas pelos funcionários de forma racista e desnecessária.  

1 Reply to ““Vi uma macaca se coçando”: Criança vestida de princesa é vítima de racismo em Criciúma ”

  1. Will disse:

    tem q processar mm

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