‘Sem coque’: Polícia investiga caso de estudante impedida de entrar em escola

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A Polícia Civil baiana investiga o caso de uma aluna negra que, por estar sem coque, foi impedida de entrar em uma escola cívico-militar na região metropolitana de Salvador, na Bahia. Segundo a mãe, a menina sempre teve orgulho da identidade negra até ser barrada pelo instrutor, um policial militar reformado, que argumentou que ela estava sem parte do fardamento obrigatório no episódio ocorrido em 21 de Março. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

A jovem foi impedida de entrar na escola – Foto: Reprodução

Também de acordo com a mãe da menina, após a exposição pública da adolescente, a filha tentou diminuir o volume do cabelo com o uso de um creme para pentear. Mesmo assim, voltou a ter o acesso à escola negado pelo instrutor, que também é negro. A garota estuda o 8º ano no colégio municipal Doutor João Paim, na cidade de São Sebastião do Passé.

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Vale lembrar que desde 2018, 118 escolas municipais aderiram ao modelo de educação da Polícia Militar na Bahia. Para o advogado Marcos Alan Hora, que representa a família, houve crime de racismo na conduta do instrutor, bem como há no próprio regimento militar, por violar o artigo sexto da lei 7.716/89, que define os crimes em razão de preconceito de raça ou de cor.

Entre os procedimentos instaurados pela Promotoria baiana, um é para verificar a regularidade do funcionamento do colégio e se houve violação aos direitos humanos e o outro, na área criminal, para apurar a suposta prática de racismo. Já a PM em nota afirmou que a Prefeitura de São Sebastião do Passé assinou um termo de cooperação técnica com a instituição em 2018 para difundir o sistema de ensino da rede CPM (Colégio da Polícia Militar), mas que a unidade não é da corporação.

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