Salário mínimo do Brasil é o segundo pior na lista de países da OCDE

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Em uma lista com 32 países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). o salário mínimo brasileiro está a frente somente do México. Estes dados são do levantamento realizado pela plataforma  CupomValido.com.br, que utiliza dados da própria OCDE e da World Bank sobre remuneração dos trabalhadores no Mundo.

O Brasil tem o segundo pior salário mínimo da OCDE – Foto: Reprodução

Encabeçando a lista está a Austrália, com um salário mínimo médio de U$ 12,9 por hora trabalhada, enquanto no Brasil, este valor chega ao patamar de U$ 2,2 por hora de trabalho. Em segundo lugar na lista está Luxemburgo, com U$ 12,6/hora trabalhada, acompanhado pela França, U$ 12,2 e pela Nova Zelândia, com U$ 11,8. O país da Oceania implementou a lei do salário mínimo em 1894, sendo um dos pioneiros na legislação trabalhista no mundo.

O Brasil está atrás de outros países sul americanos como Peru (U$ 6,1), Chile (U$ 3,3) e Colômbia (U$ 2,9). Além disso, os Estados Unidos não figuram nem entre os 10 mais altos salários mínimos nos países da OCDE, chegando a U$ 7,3 por hora trabalhada.

Carga Horária

Outro fator que influencia na remuneração dos trabalhadores no mundo é a carga horária. No Brasil, a média de semanal são de 39,5 horas. Já no México, o pior salário mínimo do grupo, são quase 50 horas trabalhadas por semana. O que destoa de todos os outros países pesquisados é a China. Os trabalhadores chineses trabalham no Sistema 996: trabalham das 9 da manhã às 9 da noite, durante seis dias seguidos. No total são 72 horas trabalhadas por semana, mais de 80% em comparação com as 39,5 horas semanais no Brasil.

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“Para efeito de comparação, no Brasil a média é de 39,5 horas trabalhadas por semana. Porém, esta menor carga horária semanal, não se resume em maior tempo livre. O tempo gasto no transporte ao trabalho, afeta a quantidade de horas livres do brasileiro. Na média, o brasileiro passa menos tempo fora do trabalho do que a maioria dos países – 14,6 horas são reservadas para comer, dormir e se socializar, em comparação com a média dos países da OCDE de 15 horas”, afirma o relatório.

Como as legislações sobre salário mínimo são relativamente novas, praticamente todas lançadas no século XX, em sua grande maioria ainda precisam de alguns ajustes.

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