Quarenta anos sem Jesse Owens, o atleta que abalou o nazismo

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No dia 31 de março de 1980, o mundo dizia adeus a uma lenda do esporte, o atleta americano James Cleveland Owens, conhecido como Jesse Owens. Jesse morreu aos 66 anos, vítima de um câncer pulmonar. O corredor ganhou destaque mundialmente em 1936, após bater quatro recordes nos Jogos Olímpicos de Verão de Berlin, capital da Alemanha.

Mesmo depois do reconhecimento mundial, Jesse Owens continuou sofrendo com o racismo. Foto: Getty Imagens

Jesse Owens foi campeão nas modalidades 100m e 200m rasos, revezamento de 400m e salto em distância. Na prova do salto em distância, o jovem negro de 23 anos, venceu o alemão Lutz Long, desafiando supremacia caucasiana, pregada por Hitler, diante de mais de cem mil pessoas.

Em seu livro biográfico – ‘Jesse o Homem Que Deixou Hitler Para Trás’ -, o atleta relatou o racismo sofrido e a falta de reconhecimento em seu país, Estados Unidos. “Quando voltei de Berlim, continuei não podendo entrar pela porta da frente dos ônibus e continuei não podendo morar onde eu quisesse. Também não pude fazer publicidade de alcance nacional porque não seria aceito no Sul. Hitler não me cumprimentou, mas também não fui convidado para ir à Casa Branca receber os cumprimentos do presidente do meu país (Franklin Roosevelt) ”- desabafou.

Em 2012, Owens recebeu uma homenagem póstuma na inauguração do Hall da Fama da Associação Internacional de Atletismo (IAAF).

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