Escolas de samba Pérola Negra e Camisa 12 ficam em primeiro e segundo lugar e sobem para o Acesso I
O Desfile do Acesso II aconteceu no último sábado (22) e contou com mais de 32 mil pessoas no Sambódromo do Anhembi, segundo a Liga-SP (Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo). A escola de samba da Vila Madalena, Pérola Negra, se consagrou campeã da terceira divisão do carnaval paulistano com 270 pontos. Já o segundo lugar ficou com a agremiação Camisa 12, que levou para a avenida histórias de reis africanos e do orixá.
Os quesitos foram apurados por quatro jurados na noite do último domingo (23). A leitura foi feita direto da Fábrica do Samba e na seguinte ordem: fantasia, bateria, comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira, samba-enredo, harmonia, alegoria, enredo e evolução.

As agremiações Brinco da Marquesa e Raízes do Samba ficaram nas últimas posições e foram rebaixadas para o Grupo Especial de Bairros da Uesp (União das Escolas de Samba Paulistanas), que desfilam fora do Sambódromo do Anhembi.
Confira a classificação geral do Acesso 2
1º Pérola Negra 270,0 pontos
2º Camisa 12 269,7 pontos
3º Unidos do Peruche 269,6 pontos
4º Primeira da Cidade Líder 269,6 pontos
5º Morro da Casa Verde 269,5 pontos
6º Torcida Jovem 269,3 pontos
7º Imperador do Ipiranga 269,2 pontos
8º Imperatriz da Pauliceia 268,9 pontos
9º Brinco da Marquesa 268,8 pontos
10º Raízes do Samba 268,0 pontos
Campeã se destaca com alegoria abre-alas
A Pérola Negra surpreendeu com um desfile com suas alegorias e esculturas realistas. Com o enredo “Exu Mulher”, do carnavalesco Rodrigo Meiners, a escola quis desmistificar a imagem de exu, com uma comissão de frente e a segunda alegoria, com homenagens a mulheres influentes, como a escritora Cláudia Alexandre, que é autora do livro Exu Mulher, inspiração do enredo da agremiação.
A Camisa 12 apresentou um desfile guiado pela bateria de mestre Lipi e pela comissão de frente coreografada por Walmir Rogério, que encenou uma batalha de justiça com Exu, Xangô e Aiole. O enredo ‘Edun Ará Asé Idajó – Força que faz a Justiça’, desenvolvido pelo carnavalesco Delmo de Morais, abordou a força ancestral, trazendo alas representativas como ‘Orobó, Árvore Sagrada de Oyó’.
As alegorias incluíram o ‘Palácio dos Alafins de Oyó’e o ‘Palácio do Omo Obá Jakutá’, enquanto as fantasias estavam alinhadas ao contexto do desfile.
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