Parceria entre Facebook e PretaHub impulsiona negócios de mulheres pretas

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Estão abertas as inscrições para a Aceleração de Negócios de Empreendedoras Negras. A iniciativa do Facebook, em parceria com a PretaHub, é uma continuidade do mês da consciência negra, e tem como objetivo impulsionar o trabalho de mulheres pretas que lideram negócios em regiões periféricas ou comunidades de baixa renda das regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. No total, serão R $1,35 milhão, sendo R$ 32 mil para cada uma das 50 selecionadas. 

Adriana Barbosa é CEO da PretaHub – Foto: Divulgação

A pesquisa Potência Preta, encomendada pela Freira Preta, juntamente com o instituto Locomotiva, revelou que o dinheiro é o principal problema para pessoas afro-brasileiras conseguirem atingir seus sonhos. Para jovens negros, além da disponibilidade de dinheiro, dois em cada 10 afirmam que o fator mais importante para alcançar seus sonhos é estudar/ampliar seu conhecimento (21%), enquanto 13% têm acesso ao ensino superior. O levantamento envolveu 2 mil pessoas e foi divulgado em novembro deste ano. 

Pensando nesses atravessamentos sociais, a Aceleração de Negócios de Empreendedoras Negras fornece, além do recurso financeiro, capacitação, consultorias, materiais, serviços e produtos customizados de acordo com a demanda de cada negócio. Eles integram o programa global do facebook para mulheres que empreendem, o ElaFazHistória.

“Importante as empreendedoras passar por uma jornada de conhecimentos, pautados na educação empreendedora, uma vez que grande parte desse público é formado por nano e microempreendedores e em sua maioria iniciaram os seus empreendimentos a partir da lógica da necessidade e sobrevivência”, diz Andreia Barbosa, fundadora da Feira Preta e CEO da PretaHub. 

O Potência Preta tem como foco principal mapear os principais interesses da população negra e foi realizado entre os dias 23 e 30 de setembro, somando 1.087 entrevistados, destes, 560 empreendedores, a partir de 18 anos de idade. “Ainda temos poucos dados sobre a população negra no Brasil, e a Feira Preta vem fazendo esse trabalho cuidadoso e essencial de mapear nossa potência como povo, mas também como indivíduos. Esse é um estudo que aborda hábitos e interesses da sociedade como um todo, tendo em vista que somos a maioria da população. O principal objetivo aqui é mostrar que os interesses e os sonhos da população negra devem ser cada vez mais levados em conta pelo mercado, na educação, emprego, consumo e tecnologia. Somos a força motriz da economia, seja empreendendo ou movimentando trilhões com a compra de produtos e serviços”, destaca Adriana Barbosa. 

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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae, mulheres negras ocupam 49% dos espaços de subsistência e começam a empreender por necessidade. Em relação às mulheres brancas, esse número cai para 35%. Assim, essa nova parceria entre o Facebook e o PretaHud pretende minimizar o pertencimento de mulheres pretas nesse local de servidão, é o que afirma Adriana Barbosa : 

Foto: Nappy.co

“A parceria com o Facebook surgiu em 2018, quando a Feira Preta, em parceria com o Afrobussiness, e a plataforma Diáspora Black. De lá para cá, foram diversas atividades e, esse ano, o Facebook é o Co-realizador do festival. Juntos, apresentamos mais de 100 conteúdos construídos a 4 mãos, e um deles é o programa de aceleração com investimento para 50 mulheres negras e indígenas empreendedoras de todo o país”, diz. 

Com o aumento de empresários pretos, a circulação de dinheiro entre esses corpos também aumenta, o famoso black money. Adriana Barbosa conta qual o sentimento ao realizar a Aceleração de Negócios de Empreendedoras Negras que alimenta esse sistema. “O sentimento está pautado no senso de colaboração e comunidade, a partir da filosofia do Ubuntu, – “Eu sou porque nós somos”. Essa perspectiva faz com que criemos uma rede de impactos econômicos para as populações negras, com a perspectiva de produção e consumo de pessoas pretas. E ter essa lógica fortalece o conceito do Black Money, que é fazer circulação dinheiro entre os negros”, contou.  

Além disso, Adriana também pontua a importância dessas ferramentas emancipatórias todos os meses do ano. “É importantíssimo porque, afinal, não somos negros somente no mês de novembro. Já faz muitos anos que o Instituto Feira Preta, por meio da plataforma Pretahub, tem desenvolvido programas em uma perspectiva de plano anual. Afinal, ter ações estruturantes a longo prazo, fomenta o empreendedorismo da população negra de maneira mais efetiva e sustentável “, pontua Adriana. 

Serão contemplados temas de grande relevância para o sucesso e longevidade de uma empresa, como controle administrativo e financeiro, ferramentas tecnológicas para automatização de processos, comunicação e marketing, além de uma trilha de conteúdo sobre finanças, tendo como critérios avaliativos como se autodeclarar pessoa preta, parda ou indígena e ter uma ideia que ainda não foi executada.

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