Servidor público que participou de tortura ao quilombola no RN é preso

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O segundo acusado de participar da tortura ao quilombola, no último dia 11 de setembro, em Portalegre, Rio Grande do Norte (RN), se apresentou à polícia junto com seu advogado, nesta quarta-feira (22). Ele estava sendo procurado pela justiça e a prisão do servidor público da prefeitura de Viçosa (RN), foi confirmada na última quarta-feira (22) pelo delegado que está à frente da investigação. 

Em seu depoimento, o servidor público negou as acusações, mas as imagens da câmera de segurança e filmagens de pessoas presentes no momento do crime, mostram sua participação nas agressões. De acordo com o delegado Cristiano Gouveia, responsável pela investigação, o homem está preso e vai passar por audiência de custódia ainda esta semana.

Investigação

Desde o dia 17 deste mês, a 4ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Pau dos Ferros e Delegacia Municipal (DM) de Portalegre, realiza a apuração da denúncia e já realizou a prisão do principal autor do crime, ainda no dia (17). O principal investigado é um comerciante local e, em seu depoimento, informou que o homem quilombola havia jogado pedras em seu comércio e, por isso, o amarrou até a chegada dos policiais. Porém, segundo as investigações, as imagens das gravações mostram que isso não ocorreu.

Além disso, o comerciante que havia inicialmente registrado o Boletim de Ocorrência na delegacia pela suposta depredação do seu negócio. Somente após a circulação do vídeo da tortura ao quilombola pelas mídias sociais, o caso começou a ser investigado como tortura. 

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Este mesmo comerciante já responde por processo judicial de injúria racial em caso que teria acontecido em junho de 2020. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público em 2021 e aceita pelo juiz Edilson Chaves de Freitas, da Vara Única de Portalegre, no último mês de junho.

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