“O futuro é ancestral”: Filósofa Katiúscia Ribeiro estreia novo programa no GNT hoje (31) 

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A filósofa Katiúscia Ribeiro estreia hoje (31) um novo programa no canal GNT chamado “ O futuro é ancestral”, às 13h15. A atração vai trazer ao público algumas contribuições sobre a produção filosófica de negras e negros do mundo diante de situações e problemas do nosso cotidiano. Através das redes sociais, Katiúscia contou a novidade em uma publicação que trouxe a seguinte mensagem: “Durante alguns séculos convenceu-se, via propaganda e violência, que o berço da humanidade não tinha produzido Filosofia. Em África, portanto, a humanidade não teria se espantado com o mundo e nem teria produzido sentidos e razões em relação a vida. Essa farsa não se sustentou diante das evidências lançadas a vista de um projeto colonial que, sustentado em tão perversas pernas, não conseguiu manter-se de pé e a Filosofia Africana tem conquistado espaço nas consciências e na construção do mundo que desejamos. A Filosofia Africana reivindica sua contribuição para a História humana e evidencia suas contribuições para o sentir e o viver. “O futuro é Ancestral”, vai trazer ao público algumas contribuições sobre a produção filosófica de negras e negros do mundo diante de situações e problemas do nosso cotidiano. É na ancestralidade que iremos construir um futuro novo, autêntico, espiritual, cheio de alegria, de vida e de uma outra releitura sobre as realidades do mundo. Àṣẹ Família”

Foto: Reprodução Rede Social

Katiúscia Ribeiro é Professora e possui Graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além de Mestre em Filosofia e Ensino pelo programa de Pós-graduação de Filosofia e Ensino CEFET/RJ. Atualmente é Doutoranda em Filosofia no Programa de Pós Graduação de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais IFCS/PPGF, onde desenvolve pesquisa sobre Filosofia Kemetica. Também é Coordenadora Geral do Laboratório de Africologia e Estudos Ameríndios Geru Maã/UFRJ. Katiúscia tem por comprometimento a reintegração do legado africano a comunidade, através da reconexão dos pensamentos africanos na filosofia. 

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No ano passado, Katiúscia foi alvo de ataques racistas e sexistas durante um evento virtual realizado pelo Centro Acadêmico da Filosofia (CAFil) em uma sala do Google Meet, com o tema “O Racismo Estrutural”. Durante a palestra “A importância da Filosofia africana no combate ao racismo estrutural” realizada por Katiúscia, algumas pessoas invadiram a sala e começaram as ofensas.  

Ainda na ocasião, a professora lembrou que alguns alunos que participavam da sala ficaram estarrecidos com os comentários e, justamente no momento que ela falou sobre os pilares da colonização, os ataques começaram. “Eu estava falando dessa estrutura de poder que constrói o racismo, que a filosofia constrói esse sujeito, o eu que pensa e, automaticamente, cria um modelo de humanidade, que é esse homem patriarcal. Na hora que eu falei isso, começaram os ataques.”, relembrou. 

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