“Não sabe nem pentear o próprio cabelo”: candidato ao Governo da BA é alvo de ofensas racistas nas redes 

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O candidato do PSOL ao governo da Bahia, Kleber Rosa, foi vítima de comentários racistas nas redes sociais em uma postagem do Jornal A Tarde, que anunciava a candidatura dele. Um internauta escreveu: “Não sabe nem pentear o próprio cabelo e vai ser governador pode internar que tá é doido“, escreveu.  

O candidato ao Governo da Bahia pelo PSOL, Kleber Rosa. Foto: Reprodução Redes Sociais

Kleber, que é cientista social, professor e investigador da Polícia Civil, disse em entrevista ao G1 que compartilhou o comentário em sua rede social para promover o debater sobre racismo. “Trata-se de uma postagem com ofensa racial que faz uma crítica ao meu cabelo que é uma demarcação forte da minha identidade negra e associa minha imagem à loucura desqualificando a minha possibilidade de uma pretensão eleitoral. Como se essa imagem negra não tivesse legitimidade para estar nesse espaço de disputa, de governar o estado.” 

Leia também: “Fui chamada de tudo de mais racista e transfóbico que possa existir”, afirma vereadora Benny Briolly após sessão na Câmara de Niterói (RJ) 

Também de acordo com a reportagem, Kleber disse que esperava que esse tipo de situação ocorresse durante a campanha e afirmou que sua candidatura prepara uma ofensiva contra novos casos. “A gente já imaginava que isso iria ocorrer. Por isso, nós decidimos ser intolerantes quando qualquer ato como esse ou qualquer outra manifestação racista durante a campanha que tente me desqualificar por ser um homem negro. Não iremos aceitar.” 

Recentemente, a vereadora Benny Briolly (PSOL), primeira vereadora transsexual eleita na cidade de Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, também foi vítima de ofensas racistas e transfóbicas que recebeu na Câmara Municipal. Na ocasião, durante uma sessão que votava um projeto de Lei sobre instituir a data de 12 de novembro como Dia de Maria Mulambo (protetora de Niterói), Benny precisou ser interrompida devido aos gritos e xingamentos proferidos e a transmissão online foi encerrada. Benny afirmou também que ela e pais de santo convidados para a votação foram vítimas de racismo religioso e intimidados por ‘bolsonaristas’. 

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