Museu da História e Cultura Afro-brasileira deve ser inaugurado no Rio em 2020

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Para destacar ainda mais a importância do Cais do Valongo, tombado em 23 de novembro deste ano, deverá ser inaugurado em 2020 o Museu da História e Cultura Afrobrasileira, no prédio Docas Dom Pedro II, na zona portuária do Rio de Janeiro.

O imóvel que abrigará o Museu foi construído pelo engenheiro negro André Rebouças, no século XVIIII. O local, primeiro armazém do Porto do Rio para guardar grãos trazidos pelos navios, é um marco na história do País e do movimento negro pois, foi construído sem que nenhum escravo trabalhasse no projeto, uma exigência de André Rebouças, 20 anos antes da abolição da escravatura.

A inauguração do Museu deverá, entretanto, ser articulada com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Em entrevista à Agência Brasil, a secretária municipal de cultura do Rio de Janeiro, Nilcemar Nogueira disse que já está em contato com o futuro chefe de estado: “Ele (o MUEU) é uma construção coletiva, é um museu articulado com a comunidade negra, feito de baixo para cima. Estamos no momento em que tivemos um entrave muito forte porque o prédio desejado é o Docas Dom Pedro II. A gente está articulando junto ao novo presidente da república porque o lugar é aquele”, explicou.

O sítio arqueológico do Cais do Valongo foi descoberto em 2011, durante escavações das obras do Porto Maravilha. Ali funcionava o maior porto de entrada de negros escravizados na América Latina.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) serão gastos R$ 4 milhões para preparar o Cais do Valongo à visitação.

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