Modelo alemã que fez tratamento para ‘ser negra’ diz que nunca sofreu racismo

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A modelo alemã Martina Big, que há pouco mais de 2 anos iniciou um tratamento para ter a pele retinta e se rebatizou Malaika Kubwa, disse em entrevista ao portal Metro.co.uk  nunca ter sofrido racismo e apoiar o movimento Black Lives Matter.

“Infelizmente, muitos negros são tratados como pessoas de segunda classe. Acho certo que as pessoas protestem em voz alta contra essas questões, porque esta é a única maneira de mostrar as amplas dimensões desses abusos e de exercer indiretamente pressão sobre políticos e outras pessoas em posições influentes. Desde que me tornei uma mulher negra, tenho trabalhado intensamente para aprender mais sobre a cultura e a história do povo negro”, disse a modelo.

Martina disse que nunca ter sido vítima de racismo: “Eu sou muito conhecida na mídia, então as pessoas estão mais conscientes de serem racistas em relação a mim porque têm medo de que seu comportamento seja divulgado na imprensa. Estou sempre viajando com meu marido Michael”, continuou ela, “e ele não é apenas um ajudante útil, mas também meu guarda-costas”, completou.

A caucasiana de nascença e européia que decidiu escurecer seu tom de pele pois, segundo ela, sempre se identificou com a raça negra e quer ser preta é, obviamente, muito criticada nas redes sociais. “O que as pessoas fazem pela atenção da mídia” e “acho que é atenção psiquiátrica o que ela realmente precisa”, são alguns dos comentários feitos nas redes de Martina.

Martina e o marido tomaram injeção de melanina para ‘serem negros’

Em uma entrevista ao jornal The Sun há dois anos, a modelo disse que sua transformação é “a prova clara de que sou uma verdadeira mulher negra agora”. E continuou, “Muitas das minhas mudanças são muito lentas, mas contínuas. Se minha transformação continuar tão boa, em breve serei idêntica a outras mulheres negras. Você não pode imaginar que é uma grande sensação tornar-se cada vez mais uma mulher negra”, disse.

O vice-presidente executivo da Race Equality Foundation, Jabeer Butt, disse à agência em 2017 que Martina tem uma visão muito limitada do que é ser uma mulher negra: “É uma situação muito triste e decepcionante as pessoas assumirem que é apenas a cor da pele que faz dela uma pessoa negra. Ela tem uma compreensão muito limitada do que significa ser negra ou uma minoria étnica hoje e os desafios enfrentados [por isso]. A história dela distrai dos problemas que os negros estão realmente enfrentando hoje”, disse.

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