México terá eleições com maior número de candidatos LGBTQI+ da história do país, no próximo domingo

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Carlos Jasso / Reuters

No próximo domingo (6), o México terá eleições intermediárias para preencher as 500 cadeiras do Congresso, bem como para os cargos estaduais e locais em todo o país. Segundo a funcionária do Instituto Nacional Eleitoral, Carla Humprey, o pleito terá o maior número de candidatos LGBTQI+ da história do México. Ativistas e membros da comunidade LGBTQI+ dizem que o número absoluto de candidatos já representa uma vitória.

Um dos partidos políticos minoritários, o Movimento Cidadão, já  tem a maioria, incluindo 51 gays, 26 lésbicas, 16 candidatos transgêneros e quatro mulheres bissexuais.

Tal como no passado, como foi feito com mulheres e outros grupos que historicamente enfrentam discriminação, como os indígenas, os afro-mexicanos, as pessoas com deficiência e os mexicanos que vivem no exterior, para estas eleições, as autoridades planejam acompanhar seu progresso para promover a ampla participação. “Eles devem se tornar visíveis, ter voz e poder influenciar”, disse Humphrey.

Com base no estudo do instituto sobre mulheres que conquistaram cadeiras em órgãos legislativos locais, elas ainda não conseguiram acessar cargos que lhes permitam tomar decisões importantes devido a problemas estruturais associados a um sistema patriarcal. Humphrey afirmou que legisladores LGBTQI+ provavelmente enfrentarão obstáculos semelhantes.

Durante anos, a ativista transgênero Roshell Terranova protestou nas ruas mexicanas para disseminar as demandas da comunidade LGBTQI+ do país. Por conta de seus esforços e de mudanças nas regras eleitorais, Terranova está concorrendo ao Congresso pela primeira vez. Se conseguir se eleger, ela diz que lutará para levar o casamento entre pessoas do mesmo sexo a todo o país. Terranova também planeja promover reformas legais para permitir o registro civil de jovens transexuais e exigir atenção médica “sem discriminação”.

O ativista gay que virou candidato, Aurelien Guilabert, disse que a necessidade de enfrentar um número crescente de crimes de ódio contra pessoas LGBT foi o que o motivou a concorrer ao Congresso local da capital. “Estamos passando por uma das piores crises“, disse ele. 
É exatamente por isso que quero servir ao Congresso, lutar contra a discriminação em todos os lugares e agitar as coisas com uma voz representativa”, disse Maria Garcia, uma das candidatas transgênero na Cidade do México.

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