McDonald’s é processado por discriminar franqueados negros nos EUA

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Nesta terça-feira (01), 52 antigos proprietários de franquias do McDonald’s nos Estados Unidos processaram a rede de fast food por discriminação. O processo foi aberto no tribunal federal de Chicago, onde a empresa tem sede.

Os antigos franqueados acusam a empresa de vender aos proprietários negros, propositalmente, pontos mal localizados e de fraco movimento no interior dos estados de Nova York, Georgia e Texas, ao mesmo tempo em que privilegiou aos brancos as lojas de maior rentabilidade, de acordo com o Wall Street Journal.

O processo indica que os empresários que processam o a rede de fast food eram proprietários de aproximadamente 200 lojas e foram forçados a vendê-las na última década devido ao pouco lucro dos estabelecimentos, de acordo com a Associated Press. Os ex-franqueados querem agora uma indenização de US$ 4 milhões (R$ 20 milhões) a US$ 5 milhões (R$ 25 milhões) por cada loja fechada.

Os empresário também acusam a rede de fast food de fornecer informações financeiras enganosas e pressiona-los a escolher rápido uma franquia disponível nas regiões menos lucrativas.

O documento também mostra que os empresários negros tiveram vendas médias de US$ 2 milhões (R$ 10 milhões) por ano — enquanto outras lojas do McDonald’s, também nos EUA, arrecadaram US$ 2.7 milhões (R$ 13,5 milhões) por ano entre o período de 2011 a 2016, e US$ 2,9 milhões (R$ 14,5 milhões) no ano de 2019.

Atualmente o McDonald’s possui hoje 186 franqueados negros, mas o número já foi bem maior, cerca de 380 em 1998. Em nota divulgada nesta terça-feira (01), a empresa negou as acusações de discriminação: “Estamos confiantes de que os fatos mostrarão o quanto estamos comprometidos com a diversidade e a igualdade de oportunidades no McDonald’s, inclusive entre nossos franqueados, fornecedores e funcionários”, declarou.

Em janeiro deste ano, a empresa já havia sido processada por dois ex-executivos negros por discriminação racial; o McDonald’s também nega as acusações. A companhia é uma das que se comprometeram a aumentar a diversidade em seu quadro de funcionários, franqueados e fornecedores após o assassinato de George Floyd.

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